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Renascemos mais fortes ainda, Chapecoense é Bicampeã Catarinense

Foi uma semana que demorou a passar, a vitória por 1x0 na partida de ida em Florianópolis, deixava a Chapecoense muito próxima do seu primeiro Bicampeonato Catarinense. Durante esses sete dias, muitas coisas aconteceram, foram provocações de dirigentes Avaianos, insinuações referentes à arbitragem de Heber Roberto Lópes, esquentando ainda mais o duelo final.

Guilherme Hahn/Gazeta Press
A Chapecoense que poupou todos titulares na derrota por 1x0 para o Cruzeiro, no Mineirão, na estreia na Copa do Brasil, teve apenas uma alteração em relação à equipe que entrou em campo na Ressacada, Andrei Girotto expulso deu lugar a Nathan, novamente improvisado como volante, ao lado de Moisés Ribeiro e Luiz Antônio.

Necessitando de uma vitória por pelo menos dois gols de diferença, o Avaí tinha a obrigação de atacar, o que dava mais tranquilidade para o Verdão jogar no contra-ataque. Foi assim que com a bola rolando no gramado da Arena Condá, a Chapecoense mantinha a posse de bola, e sufocava os visitantes, porém pecava na finalização.

Na primeira oportunidade, aos 17 minutos, Luiz Antônio, autor do gol do Verdão na partida de ida, teve novamente a chance de estufar as redes de Kozlinski, que após sobrar livre nos seus pés, pegou de primeira, chutando a esquerda da meta.

A Chapecoense jogava melhor, pressionava o Avaí, que não conseguia se encontrar em campo, aos 20 minutos, Reinaldo cruzou e Judson quase marcou contra, o goleiro do Leão salvou duas vezes, na primeira espalmou, e depois com os pés mandou para escanteio e impediu Rossi de finalizar. Era um bombardeio verde e branco, aos 24’ Reinaldo cobrou lateral venenoso, Wellington Paulista desviou de cabeça, a bola sobrou nos pés de Arthur Caike, que chutou por cima.

Aos 27’ o banho de água fria, saindo em velocidade da defesa e tabelando com Rômulo, Leandro Silva arriscou de muito longe, e contando com a falha de Arthur Moraes, abriu o placar na Arena Condá, incendiando a partida.

O jogo ficou tenso, com mais um gol o título iria para a capital, e foi por muito pouco que esse gol não veio ainda no primeiro tempo, Marquinhos recebeu de Rômulo, livre na área, com tempo de dominar e de cavadinha jogar por cima de Arthur Moraes, e mandar para fora.

A Chapecoense sentia falta de Girotto, Nathan mesmo criticado, voltou para a segunda etapa, e Vagner Mancini não alterou a equipe. Como era de se esperar, o Avaí partia de vez para o ataque, enquanto o Verdão se fechava e deixava o tempo passar.

Aos 9 minutos da etapa complementar, Rômulo arriscou de primeira, mas desta vez Arthur Moraes não decepcionou, fez grande defesa e mandou para escanteio. O tempo passava, o jogo cada vez mais tenso para as duas torcidas. Os mais de 19 mil Chapecoenses que compareceram na Arena Condá, em coro pedia a entrada de Apodi, pedido atendido apenas aos 18 minutos, entrando no lugar de Nathan.

Guilherme Hahn/Gazeta Press
A mudança surtiu efeito, e a Chapecoense voltava sair da pressão e criar boas jogadas em busca do empate, com velocidade, Rossi fez boa jogada e finalizou para defesa de Kozlinski, no rebote Arthur Caike chutou em cima de Alemão, cedendo escanteio.

Assim como na primeira etapa, o Avaí chegou perigosamente apenas uma vez no segundo tempo, nos pés de Rômulo por muito pouco não veio o gol do título, isso por que Arthur Moraes se redimiu da falha e fez uma grande defesa, espalmando para escanteio, aos 36 minutos.

Restavam menos de 10 minutos para conhecer o campeão Catarinense de 2017, nas últimas grandes oportunidades, a Chapecoense por muito pouco não empatou, aos 39’, depois de cruzamento de Luiz Antônio, Túlio de Mello cabeceou forte, para defesa de Kozlinski. Já aos 41’, João Pedro saiu em velocidade, entrou na área, finalizou e caprichosamente a bola beijou a trave, no rebote Rossi chutou para fora uma chance incrível.

Nos minutos finais mais tensão, desta vez com confusão entre as equipes, ao ser substituído, Marquinhos e o banco de reservas do Verdão se desentenderam. O árbitro assinalou 5 minutos de acréscimos. Aos 47’ mais confusão, desta vez com a expulsão de Nenén que estava no banco de reservas do Verdão.

Sem tempo para mais nada, Bráulio da Silva Machado apitou pela última vez, iniciando a festa do Bicampeonato da Associação Chapecoense de Futebol. O título foi muito comemorado, um clube que segue em reconstrução, com quase seis meses desde a tragédia que tirou a vida de jogadores, comissão técnica, diretoria e jornalistas.

Com o melhor ataque, a melhor defesa, melhor campanha, e principalmente, com o regulamento embaixo do braço, foi incontestável o título do Verdão do Oeste.

A Chapecoense não teve tempo de comemorar, poucas horas após a conquista, a delegação embarcou para São Paulo, com escala para Medellín, quando volta a campo na próxima quarta-feira (10), às 21h45min, para disputa da grande final da Recopa Sul-Americana. A partida reserva muitas emoções, já que após o dia 29 de novembro, Chapecoense e Atlético Nacional, se tornaram uma só torcida.

Parabéns jogadores, comissão técnica, diretoria, funcionários e torcida Chapecoense, a melhor equipe do estado atualmente, provou novamente que continua fazendo história.

Marcelo Weber || @acfmarcelo

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