Noite negra para o Furacão que não assusta mais
ninguém no Caldeirão. Com três desfalques o Atlético entrou em campo obrigado a
buscar uma vitória que não vê há algum tempo. Esse sabor não sentimos desde 25
de junho na vitória de 4x1 sobre o Vitória, portanto um mês, oito jogos, cinco
derrotas e três empates, dos quais, três derrotas e um empate na Baixada.
Aproveitamento pífio de apenas 12,5%. A escalação antes do jogo já não me
agradou. Não entendi a entrada de Ribamar que mal chegou, mal treinou com o
grupo, embora tenha até participado bem do jogo e Eduardo Henrique que não foi
bem contra o Bota.
Poderíamos ter aproveitado muito bem Ederson,
Guilherme, Matheus dos Anjos e Gedoz desde o começo do jogo. Gedoz é o único
jogador do elenco que bate de fora da área constantemente e prova disso foram
os 15 minutos que esteve em campo. Em cobrança de faltas, apenas Rossetto e
nenhuma outra opção e Gedoz poderia ser aproveitado nesse sentido também.
Ederson é rápido, tem raciocínio rápido e é sempre chance de gols. Matheus dos
Anjos dribla bem, tem bom passe e sabe jogar em conjunto e Guilherme pela
experiência e para pegar ritmo.
O Furacão até começou bem, fez um bom primeiro tempo,
não sofreu um ataque sequer, teve a posse de bola, em torno de 70%, teve
chances de gol, mas não soube aproveitar uma. A falta de pontaria é algo para
ser estudado no Atlético, inacreditavelmente os atacantes do Furacão perdem
chances imperdíveis. Bem como os erros de passes que acabam quase sempre
resultando em gols adversários. Logo aos 5’ Ribamar livre cabeceou para fora.
Aos 8’ Pablo tentou em cobrança de escanteio, mandou para fora além de ter
tirado a chance de TH melhor colocado.
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Foto: Marco Oliveira/Site Oficial |
Em busca de espaços diante da retranca da Ponte, o
Atlético recuava a bola seguidamente, sempre tentando recomeçar cada jogada,
algo até natural se não fosse a fase péssima. Parte da torcida não perdoou e
com menos de 10’ minutos começou a vaiar o time. Algo desnecessário, o momento
era de apoio, vaias devem ser apenas quando o jogo acaba. E claro, o time
começou a se perder em campo. Isso dividia o estádio entre os que vaiavam e os
que achavam absurdas as vaias.
Como o time tinha receio de recuar, abriu-se uma
brecha para erros de passes e o grande problema é que o Furacão não tinha um
atacante realmente veloz e com categoria para burlar a retranca pontepretana.
Coutinho era uma figura praticamente nula, Nikão estava no lado errado do campo
e quase nada produzia e Pablo na esquerda, mesmo tentando se livrar da
marcação, acabava também por impedir subidas regulares de Sidcley. Aos 13’
Ribamar tentou de cabeça, a bola passou perto. Aos 20’ Nikão cabeceou e Aranha
fez uma excelente defesa.
O gol parecia amadurecer. Aos 26’ no contra-ataque
Nikão deu um belo passe para Ribamar que perde o tempo da bola e é desarmado no
momento do chute. Aos 33’ Rossetto arriscou de fora e Aranha com as pontas dos
dedos salvou. 34’ e a bola sobrou para Paulo André quase na marca do pênalti
que bateu em cima de Aranha. Eduardo Henrique era ineficiente, Coutinho sem
agregar nada, Cascardo sem apoiar pela direita, Sidcley com pouca liberdade na
esquerda, e como consequência disso o time sem aproveitamento no ataque.
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Foto: Marco Oliveira/Site Oficial |
Segundo tempo e Matheus Anjos voltou no lugar de
Coutinho, alteração correta, mas também poderia ter optado por Gedoz no lugar
de Pablo. Aos 6’ Rossetto perdeu bisonhamente a bola, Lucca deu um drible de
corpo desconcertante em Thiago Heleno, Weverton saiu mal do gol e o jogador só
teve o trabalho de encobrir e colocar nas redes. Falha geral. As vaias que já
eram constantes, aumentaram ainda mais e Rossetto era o principal alvo. Até
então ele não estava mal no jogo e tentava sozinho armar as jogadas para o
ataque lento do Atlético.
Aos 10’ Ribamar fez fila e tocou para Pablo que bateu
de fora, Aranha defendeu e o rebote sobrou nos pés de Matheus dos Anjos que
chutou de primeira, mas em cima de Aranha. 22’ e Fabiano tirou Pablo para
colocar Eduardo da Silva que em resumo deu um chute a gol, uma cabeçada fraca e
cometeu o pênalti em favor da Ponte. Técnico é xingado e em minha opinião,
substituição mais que equivocada. 23’ Eduardo da Silva recebeu bola açucarada e
cabeceou sem vontade nas mãos de Aranha, perdendo uma das melhores chances de
gol da partida.
Aos 30’ entrou Gedoz, que já deveria ter entrado no intervalo,
mas Fabiano Soares sacou justamente um dos jogadores que não deveria sair do
time jamais nas condições em que estava o jogo, Nikão. Mais vaias e
xingamentos. O jogo virou em afobação, sem tática, sem técnica alguma, um
amontoado de jogadores, perdidos, errando passes bisonhamente, sem força, sem
liderança em campo e sem apoio de boa parte da torcida que, aliás, jogou contra
o time quase o jogo todo. Aos 37’ Eduardo da Silva ariscou de fora e Aranha
mesmo adiantado fez uma defesa espetacular evitando o empate.
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Foto: Marco Oliveira/Site Oficial |
Aos 41’ Gedoz arriscou de longe e a bola passou
riscando a trave. Aos 43’ Gedoz novamente obrigando Aranha a outra defesa
difícil. Aos 49’ Eduardo da Silva cometeu pênalti e Lucca cobrou para dar
números finais. Uma noite infeliz em todos os aspectos. Inclusive em atitude de
alguns torcedores de agredirem verbalmente e esdruxulamente Paulo Autuori, de
tentarem agredir Gedoz, que esteve só 15 minutos em campo e foi com certeza o
que levou mais perigo ao gol da Ponte.
Noite infeliz por parte daqueles que insistem em
agredir de alguma forma Diretoria, jogadores e até mesmo torcedores por terem
opiniões contrárias à deles. Noite infeliz até mesmo para aquele torcedor que
tentou empurrar para mim os erros do time, afinal eu não entro em campo, não
contrato, e claro que não adianta vir para cima de mim, comigo a coisa é
diferente, não fujo e não levo desaforo para casa. Quer-se conversar e debater
comigo, ótimo, estou a disposição, de resto, aguente as consequências.
E para terminar, tão infeliz e esdrúxulo quanto os
seguidos comentários nas redes que tentam em vão me xingar por meus textos e se
vocês acham que vou parar de publicar algo só porque vocês me ofendem estão
muito enganados. Sei que meu sucesso os deixa irritados, não posso fazer nada
quanto a dor de cotovelo de vocês, só posso dizer, tentem fazer melhor. Estamos
chegando a marca dos 800 mil acessos somando Olho no Lance e Linha de Fundo e
em agosto estaremos também no UOL. Quem viver verá!
Em tempo: Tirinhas valiosas
Quinta é contra o Grêmio na Baixada pela Copa do
Brasil e independente de podermos ou não alcançar um milagre, eu estarei lá
para apoiar o Furacão. Afinal aqui é Atlético até a morte. Não vibro com gol
adversário e não entrego os betis jamais. Estaremos desclassificados apenas no
apito final do árbitro. Vai que rola um milagre!
Lucas Fernandes e Pavez chegaram. Em minha opinião
Lucas Fernandes é um jogador para começar como titular. Se jogar o mesmo que
jogou ano passado, sendo rápido, driblador e daqueles que vai para cima do
adversário, terá lugar cativo no time. O time tem conserto sim, é só querer. Só
prestar mais atenção na escalação e não tentar fazer milagre com peças que já
demonstraram que não irão resolver. Ederson, Gedoz, Lucas Fernandes, Matheus
dos Anjos, Pavez tem lugar no time titular.
Por: Robson Izzy Rock @Robson_IzzyRock
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