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Higuain voltou a balançar as redes na Serie A (foto: Juventus.com) |
Pouco mais depois de 24 horas do duelo que fechou a rodada da Serie A italiana entre a Atalanta e a atual vice-líder Juventus, as dúvidas apenas aumentam sobre o sistema chamado de VAR (Video Assistant Referee, em inglês) que é usado nos torneios nacionais para a obtenção da melhoria do desempenho dos mesmos e menos erros humanos que habitualmente acontecem no futebol. O jogo acabou 2 a 2, porém a arbitragem de Antonio Damato não foi nada equânime e a derrota da classe com o VAR incluso foi acachapante.
O confronto realmente tinha tudo que se esperava entre duas equipes em bons momentos e que proporiam o jogo pelos três pontos e assim fez a Juventus inicialmente que com muitas tabelas e passes incisivos conseguir abrir o marcador na rebatida de Berisha no chute de Matuidi, gol de Bernardeschi no rebote. O placa foi dobrado por Higuaín após mais uma tabela finalizada de perna esquerda quando Bernardeschi serviu o argentino. Minutos depois a Juve se acomodou em campo e os berros de Massimiliano Allegri foram inúteis a seus comandados que sofreram com uma falta cobrada por Alejandro Gomez e gol de Caldara no rebote de Buffon, aqui o momento do primeiro tento sofrido por Damato. A falta não existiu, foi um mergulho do capitão nerazzurro e nem foi revista apesar de decisiva.
A segunda etapa teve outros lances capitais que influenciaram no jogo e na arbitragem: A Velha Senhora chegou ao terceiro gol com Mandzukic, mas este foi anulado pois no início da ação Lichtsteiner bateu com o braço na boca de Gomez e mesmo que a ação tenha prosseguido, o árbitro optou por reverter tudo e dar a falta, o que revoltou os visitantes que entendem que o movimento não foi faltoso mas sim de movimentação natural de quem corre encostado em quem é mais baixo. De acordo com a regra, com o VAR, o replay pode ser visto desde o início da fase de posse ofensiva, o que pode resultar em muitos segundos de jogo disputado de maneira inútil, para muitos analistas, mas que é a regra.
A Atalanta empatou em cabeçada de Cristante na metade da etapa derradeira e o restante do jogo seguia empatado com os apitadores vendo o degringolar do placar pessoal: Falta sobre Dybala que bateu no ombro de Petagna, pênalti marcado, revolta local, VAR acionado e confirmado para espanto de muitos mas Berisha pegou, salvando o 2 a 2 e o erro do árbitro, ao menos tentando, pois o rebote da penalidade foi cortado por um dos quatro defensores que invadiram a área e como este desfrutou da posição irregular para afastar a bola da defesa, isso configuraria com a repetição da cobrança antes que Dybala chegasse pro rebote, sempre de acordo com a norma, mas não o fez e seguiu-se inalterada a situação. No finalzinho do jogo, Higuaín foi derrubado por Palomino que puxava a camisa (o que ficaria subjetivo de penalidade ou não) mas também por Caldara que caminhando de costas trançou o pé do camisa 9 da Juve que seria pênalti que não foi assinalado, ou seja, um jogo histórico pelos eventos singulares e que deixou ainda mais latente a questão do uso do sistema VAR.
"Pra que?", pro bem, respondo, porém ele não eximiria de erros em lances eventuais e os defensores sabem que os erros acontecerão mas querem exterminá-los de lances decisivos, todavia, se usado erroneamente o VAR acaba se tornando um julgador indefensável para os árbitros que pessoas normais, erram. O aperfeiçoamento do uso acontecerá com o tempo, esperamos que pro bem, já que o veredito do campo de jogo é absoluto.
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