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Mais um vergonha, perguntas sem respostas

Resultado de imagem para gremio 3 x 1 flamengo pará

(Fonte: Ig.com)

21h30 da noite de domingo e entra uma senhora espevitada no ônibus:

- Quem aqui é mengão? Hoje, ele ganhou de 1. E PERDEU DE 3. Mas não tem problema não. Semana que vem nós ganha de novo e fica tudo certo.

Na verdade não, senhora. Apesar da graça e de a senhora ter me feito rir muito nos minutos seguintes, no Flamengo a coisa não anda nada bem. Não interessa que continuamos a Sul-americana. Não dá pra perder o jogo do jeito que perdemos ontem.

No meio da peleja, eu já vinha pensando no que escrever. Era jogo pra falar com certeza da consolidação de Éverton Ribeiro. Não só pelo gol mas por ser dono do meio de campo. Junto com isso, era pra estarmos falando sobre como conseguimos trocar mais passes e em dados momentos, reter a bola no meio campo. E, principalmente, sobre como nossa defesa vinha segurando bem o Grêmio.

Era. 

Até que Éverton (o do Grêmio) entra no jogo e o vira em 2 minutos. Um Grêmio que não conseguia entrar na área do Flamengo virou o jogo em duas bolas chutadas na área onde a defesa do Flamengo parecia ter dado um branco. O terceiro gol nem se fala, mas uma na conta de Rafael Vaz.

Ontem por sinal foi mais um jogo pra pensarmos na barca e para incluirmos Pará. São 3 anos de altos e baixos. Mais baixos do que altos. Desgastado demais e cometendo erros infantis. Ontem os dois gols da virada do Grêmio aconteceram por falhas grotescas do lateral que, apesar de raçudo e torcedor do mais querido, não tem mais condição de jogar em um time que tem pretensões maiores. No máximo, um bom reserva.

Enquanto isso, cada vez me revolto mais com a demora de Rueda em mexer no jogo. Tenho até pena do Vinicius Jr. Só entra depois dos 25 do 2T e sempre em uma enrascada. Nunca na boa. Parece que precisamos estar perdendo o jogo pra mexer no time.

Mais uma tarde vergonhosa para o torcedor do Flamengo. Perder para o Grêmio em Porto Alegre é normal, ainda mais sendo o atual um time mais forte e mais organizado do que o time rubro-negro. A grande questão é o como, de um Flamengo que parece perder pra si mesmo e deixar escapar todo e qualquer resultado que precise segurar.

A pergunta que fica agora, pros jogos finais da Sul-americana e pro ano que vem é: Por que deixamos sempre escapar bons resultados fora de casa? E nem venham dizer que isso é histórico. O Flamengo é campeão brasileiro de 1982 na casa do Grêmio. Recuso-me a resumir isso tudo a questão da vontade. Não é apenas isso. Parece-me uma mentalidade entreguista, fraca, mole. No Maracanã ela desaparece, tanto que não perdemos no ex-maior do mundo desde 2015. Fora dele, nossa força mental parece ir a zero. Mas muitas outras explicações cabem e apareceram.

Nessas horas, em que seria tão mais fácil se o futebol fosse uma ciência exata na qual um simples acerto de cálculo consertaria tudo, uma das frases da senhora espevitada do ônibus vem esclarecer e acalentar ao mesmo tempo em que desespera meu coração rubro-negro:

- Meu filho, não existe verdade. Nem a verdadeira.

É. Segue o baile no Flamengo 2017.

No mais, saudações rubro-negras.

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