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Não era pra ser assim


(globoesporte.com)

É lamentável que o Flamengo tenha se classificado para a Libertadores do ano que vem dessa maneira, dependendo de um erro estapafúrdio e ridículo de William Correa. Lance tão imbecil que se eu fosse blogueiro estaria me perguntando somente o que leva um cidadão a fazer uma camelice daquelas. Diego, não tendo nada a ver com isso, aos 49 do segundo tempo sacramentou: Vitória 1 x 2 Flamengo.

Mais significante que isso eram as circunstâncias. No campeonato brasileiro pífio feito pelo rubro-negro da Gávea, era possível terminar atrás de Vasco e Botafogo, e até o fatídico penalti estava de fato terminando atrás do Vasco. Só para lembrar, somente Renê foi mais caro que todas as contratações de Vasco e Botafogo juntas. Fora todas as outras contratações de Rodrigo Caetano e Bandeira para essa montanha russa de 2017.

Até os gols de Diego e Vaz o rascunho desse texto estava praticamente pronto. Meter o pau no time, no Vaz que deixou o Carlos Eduardo livre (ACREDITE-SE-QUISER O FLAMENGO LEVOU GOL DO CARLOS EDUARDO), e refletir sobre como esse seria mais um jogo igual a vários desse brasileirão. Tomamos um gol no primeiro tempo e circundamos a área alheia o resto do jogo, sem conseguir penetrar.

Porém, parece que o jogo virou, não é mesmo? Não apenas esse jogo, mas a postura e a sorte rubro-negra. Talvez, apenas talvez, tenhamos voltado a ser o Flamengo de sempre, aquele perdido nas rodadas finais de 2016. O time que na hora do "vamos ver!" cresce principalmente quando as probabilidades jogam contra. 

Se não faz um trabalho brilhante taticamente, Rueda tem consigo recuperar pelo menos a mentalidade. Pra frente, pro gol, na raça. Já é, desde o início de novembro, o quarto resultado conquistado na marra. O time que não conseguia correr atrás de resultados, que não conseguia vencer fora de casa, que não conseguia virar jogos, acabou nas últimas semanas com dois triunfos fora e virando duas pelejas.

Mas não era pra ser assim. O time desse ano era pra ser da bola, da técnica e da facilidade. Não era pra ser com os meninos da base. Não era pra ser com um quarto goleiro. Não era pra ser só vaga pra Libertadores. Não era pra quase ficar atrás do Vasco. Não era pra ser com gol do Vaz. Muito menos a partir de um penalti imbecil como o de hoje.

Bom, a verdade é que foi. Conseguimos pelo menos isso. Na marra, na sorte e no improvável. Nada mais Flamengo que isso. 

Que seja assim a final da sulamericana. Mesmo sem técnica, vai ter que ser na marra. Com a sorte e o improvável do nosso lado.

No mais, saudações rubro-negras.

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