Quando a fase é ruim, qualquer sinal de avanço faz
brotar a esperança de que o pior já passou. Muitos se apegam à superstição, outras
coincidências históricas, para espantar a má fase vale qualquer coisa. O
futebol é um prato cheio aos supersticiosos, tem aquele que sempre assiste no
mesmo lugar, com a mesma camisa, no mesmo canal que deu sorte em um título,
vale tudo em prol do sucesso do time amado. Esse que vos escreve já foi mais
supersticioso, hoje acredita mais na boa e velha competência, porém, a fase
milanista tem exigido fé e paciência até dos mais céticos torcedores, e tudo
vale para que possamos dizer o famoso e esperado "agora vai".
Fonte: Eurosports |
E como o nível de desespero dessa primeira metade de
temporada é grande, elegi a vitória no Derby della Madonnina e eleição do
George Weah como sinais de mudança no Milan. A vitória no clássico por motivos
óbvios dá confiança ao time e acende a luz no rival de Milão que chega à sua
terceira derrota seguida. E também pela ótima atuação do time como um todo
(claro que Kalinic não entra nesse "todo", e sem querer secar o
bonecão de posto, espero que sua lesão não seja grave, mas que ele fique parado
alguns jogos e abra espaço para Cutrone e André Silva, já que lesão parece ser
a única forma dos nossos treinadores não o escalarem, uma parada forçada do
pior jogador do time nas últimas rodadas também é um bom sinal de mudança, já
que quando é para a coisa dar errado, aquele jogador que queremos ver longe do
time sequer toma cartão amarelo).
A vitória no clássico mostrou uma grande evolução no
time, principalmente na intensidade de jogo e na compactação da equipe. Gattuso
que semanas atrás falou da péssima condição física da equipe parece ter
trabalhado muito essa questão, e o bom trabalho defensivo, algo que se espera
de um time do Gattuso começam a aparecer. Ele foi muito inteligente ao
preencher o meio com três jogadores de marcação e colocar a armação nas costas
de Bonaventura e Suso. Alguns torcedores criticaram as atuações de Biglia e
Locatelli por errarem algumas jogadas, mas a combatividade no meio, que era a
intenção do Gattuso, teve grande êxito, protegendo a zaga e resultando nas
ótimas atuações dos defensores, em especial Bonucci, Romagnoli, que mais
protegidos além de participarem da saída de bola com maior confiança, deram
liberdade para o apoio do Ricardo Rodriguez. Se a equipe levar esse nível de
concentração para as partidas não eliminatórias do Calcio, temos tudo para ter
uma boa segunda metade de temporada.
Sobre a eleição de George Weah para presidência da
Libéria (atualmente era Senador) é bom ver figuras históricas do clube se
destacando na política, principalmente porque parte de nossos anos de baixa foram
marcados pelos escândalos envolvendo Berlusconi. Pode soar supersticioso, mas
como disse no início do texto, quando a fase é ruim, qualquer boa notícia traz
esperança.
Aos mais jovens que conhecem pouco da história do
jogador clique AQUI para conhecer um pouco da história do ídolo.
Por Gil Costa
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