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Ainda sem rumo



Fluminense e Botafogo entraram em campo para o primeiro clássico carioca de 2018. O jogo teve pouco mais de oito mil espectadores, que certamente saíram insatisfeitos com o que foi apresentado. Pouco entrosamento das duas equipes e muita falta de técnica foram os aspectos que mais chamaram a atenção

O jogo começou da pior forma possível. Não conseguíamos tocar a bola no campo de ataque e todas nossas jogadas se baseavam em troca de passes entre os três zagueiros até o Marcos Junior tentar se enfiar e alguém dar um chutão tentando alcançá-lo. Nossos dois volantes, Douglas e Jadson, não conseguiam carregar a bola e se limitavam a se apresentar para receber e devolver para trás. Nas laterais, o Botafogo conseguiu anular as subidas de Gilberto e Marlon, dificultando as triangulações que Abel parece esperar entre o ala, um volante e Sornoza.

Aliás, vale uma menção ao jogo do nosso equatoriano. Ficou sumido praticamente a partida inteira e me parece que ele não terá condições de ter a responsabilidade de armar as jogadas sozinho. Não é um jogador com característica de botar a bola debaixo do braço e ditar o que os outros devem fazer. A descoberta de Caio pode ser interessante, se Abel realmente der chances ao garoto. Uma dupla de armadores nos daria muito mais opções do que manter três zagueiro e dois volantes.

Abel ainda não tem o time titular pronto. Os três reservas que entraram hoje mostraram que podem ser titulares
Foto: Lucas Merçon


No segundo tempo, as coisas mudaram um pouco. O Botafogo conseguiu voltar pior do que estava e o Fluminense começou a se soltar. Criamos algumas boas jogadas e tivemos um gol (bem) anulado. A entrada de Ayrton, Robinho e Matheus Alessandro surtiram efeito. O problema foi Abel ter promovido essas alterações tarde demais. A partir dos 20 minutos, já tínhamos bom controle do jogo e dava para termos ganhado se tivéssemos alguém mais incisivo no ataque. Pedro se mostrou mais uma vez limitado e precisaremos de arranjar alguém para substituir Henrique Dourado. O garoto não bota medo em zagueiro nenhum.

Acabou que o 0 a 0 não foi um resultado desastroso. Confesso que, olhando a escalação, achava que nos sairíamos muito pior. Com a chegada de mais dois ou três jogadores, é possível que façamos um Brasileirão parecido com o do ano passado.

Agora temos que observar. Os resultados na Taça Guanabara, em si, não devem ser levados muito em consideração. O mais importante é vermos se o time está evoluindo ou não. O jogo contra a Portuguesa, na quarta, será um bom teste.

Saudações Tricolores

Matheus Garzon

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