[Foto: Lucas Merçon/FFC]
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É quase fevereiro, o Carnaval está dando nas nossas
caras, junto com ele o calor e a ânsia geral para que se cheguem logo os dias
onde será aceitável beber por 24 horas para esquecer as pequenas grandes desgraças
do mundo moderno, Como eu não bebo, colaboro para que as pessoas afoguem suas
mágoas enquanto eu lucro para tal feito humanitário.
Houve um tempo que a situação do Fluminense seria uma
desculpa pra começar a beber, mas conforme sabemos, eu acredito que estamos na
Turnê de Despedida da Série A, uma turnê que agora está sendo copiada por Elton
John, que fará uma turnê de despedida de três anos. E nossa turnê será
melancólica, sem ninguém cantando uma música bonita no funeral, talvez uma
poesia de Pedro Bial, um discurso rejeitado para algum ex-BBB.
Quem lê esses dois parágrafos acima imagina que estou
desviando do assunto, mas o ponto é que não há muito a ser dito. O esquema com
três zagueiros é uma má ideia. Não temos algo parecido com um time. O ataque
estaria melhor com um cone e um fantasma, ao menos esse teria uma desculpa
decente pra estar sumido do jogo. Falando em sumidos, Junior Sornoza
basicamente apareceu ontem para o Luis Carlos Jr. dizer que ele tem que
aparecer mais, o que acabou acontecendo, mas ainda assim como coadjuvante
quando o juiz criou uma expulsão perto do fim do jogo.
O jogo foi em Edson Passos, uns 15 minutos de casa, em
que pese ser o jogo da TV, até estaria disposto a ir se houvesse um time por
lá. Fui no rodízio sem arrependimentos. Falando em rodízio, vejo que fazer um
rodízio de jogadores pra ver se a situação melhora não vai adiantar muito.
Marcos Jr. é o nosso titular absoluto juntamente com Pedro, que não é o das
Casas Pedro, nem pra vender fruta cristalizada serve.
Enquanto não temos ataque, a diretoria está ocupada
arranjando volantes, talvez pra garantir que o navio seja bem guiado pra bater
no iceberg. Ao menos contratamos um goleiro, não teremos que colocar gente de
15 anos no banco como foi na Flórida. Conversando com a cúpula tricolor ontem
durante o jogo, foi dito que não merecemos a classificação pras semifinais, que
precisávamos dessas duas semanas pra melhorar o time, algo que quem conseguir
já vai pro Vaticano direto ser canonizado. O time é pior que o do ano passado,
Abel está perdido, eu não posso reclamar do Autuori porque ele chegou duas ou
três semanas atrás.
O ponto é que o juiz roubou a Portuguesa, que fora o
pênalti não dado dominou o jogo, bolas na trave, basicamente só não venceu o jogo
por azar, não posso nem rir das derrotas dos rivais, eu não venci ninguém esse
ano ainda nesse ano sombrio.
Adianta citar alguém que entrou no segundo tempo se em
tese o time mudou o esquema, mas esqueceram de avisar os laterais, que subiam
ao mesmo tempo? Robinho, Mateus Alessandro, Menino Caio, ninguém mudou nada.
Romarinho causou perigo, obviamente não era o nosso.
A melhor (ou pior) parte de tudo é que normalmente o
Carioca serve para nos dar alguma ilusão sobre como o time estará na temporada,
golear uns times, dar confiança pros jogadores ruins, talvez até conseguir uma
venda marota pra Ásia. Nem isso estamos tendo, nenhuma esperança, nenhum time.
O desespero é real e ainda é janeiro. Só Juninho Pernambucano que poderia ter a
pachorra de afirmar na Globo que não entende como a torcida do Fluminense está
impaciente com o time.
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