Por: Thalles Monari - Twitter: @thallesmonari
Em partida válida pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro, o
Tricolor recebeu o Botafogo no Estádio Cícero Pompeu de Toledo e ampliou a boa sequência com mais uma
boa apresentação.
Vindo de 2 vitórias consecutivas e de 11 jogos de invencibilidade
em todas as competições, o São Paulo entrou em campo com algumas mudanças na
equipe: Éder Militão e Hudson, suspensos, deram lugar a Régis e Petros, enquanto
Bruno Alves e Reinaldo ficaram como opção no banco de reservas.
Para pouco mais de 25 mil torcedores presentes, o Tricolor
iniciou bem a partida, e, não fosse o travessão no chute de Nenê, abriria o placar
logo no começo do jogo. No entanto, o Botafogo inaugurou o marcador aos 16
minutos, com belo gol de Leo Valencia, logo após o susto no choque entre
Anderson Martins e João Pedro, que inclusive obrigou o atleta botafoguense a
ser substituído e levado de imediato para o hospital.
Em outros tempos, talvez, o São Paulo provavelmente sentiria
o gol e encontraria grandes dificuldades no decorrer da partida, mas este é, de
fato, um novo momento no Tricolor paulista. Além de não se abater com o gol
sofrido, manteve o controle do jogo e logo na sequência, chegou ao gol de
empate com Nenê cobrando pênalti, aos 20 minutos, e a virada veio aos 31, com
Diego Souza completando cruzamento de Marcos Guilherme.
A excelente fase de ambos impressiona e até surpreende,
afinal, há alguns meses o encaixe dos dois na equipe titular estava fora de
cogitação e, principalmente, a contratação de Diego Souza já era taxada como
fiasco para muitos. Mas a diferença agora está no comando técnico, pois, ter um
treinador capaz de organizar um time já bem qualificado, e estabelecer um equilíbrio
tático, a começar pelo setor defensivo, faz com que, jogadores como Nenê e
Diego, que em tese, não oferecem a mesma combatividade de outros jogadores com
melhor preparo físico, possam se destacar pelo que fazem com a bola, tendo
liberdade no terço final do campo.
E esse bom momento do São Paulo passa fundamentalmente por
um jogador específico, apesar do coletivo prevalecer. Everton, que chegou há
pouco tempo no clube, vem mostrando a cada jogo que o São Paulo acertou no
investimento feito. Além de oferecer uma alternativa de velocidade, sendo capaz
de quebrar as linhas adversárias e criar jogadas de perigo através de seus
dribles e bons cruzamentos, explorando sempre o lado do campo, Everton também é
parte essencial do equilíbrio defensivo da equipe, que, quando está sem a bola,
recompõe sempre de maneira muito eficiente e cobre os espaços que eventualmente
Diego ou Nenê possam deixar.
Foi em jogada envolvendo esse trio que o São Paulo chegou ao
terceiro gol ainda na primeira etapa. Nenê iniciou a jogada de contra-ataque, passando
para Jucilei que acionou Diego Souza para lançar Everton em velocidade. O
motorzinho do ataque tricolor acertou um chute forte, cruzado, para vencer
Jefferson.
The END (Foto: São Paulo FC). |
No segundo tempo, até de forma natural, o São Paulo diminuiu
o ímpeto e já pensando no clássico do próximo sábado, passou a cadenciar mais a
partida, e Aguirre aproveitou a vantagem no placar para poupar seus principais
jogadores.
O jogo ainda ficou perigoso com o gol do Botafogo próximo do
fim. Rodrigo Pimpão de cabeça, deu esperanças aos cariocas, contudo, mesmo
perdendo algumas chances de matar a partida, o São Paulo chegou a mais uma
vitória no campeonato, e consequentemente a liderança da competição, após 115
rodadas longe do primeiro lugar na elite do futebol brasileiro.
O próximo encontro será neste sábado, pela 9ª rodada da competição,
em clássico no Allianz Parque contra o rival Palmeiras. E, inegavelmente, desde
a inauguração da arena palmeirense, este é de longe, o confronto em que o São
Paulo chega em melhores condições, com a alta confiança e moral para buscar a primeira
vitória na casa do rival.
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