Depois de voltar de
Porto Alegre com o empate heroico contra o
Grêmio, o Fluminense voltou aos gramados novamente fora de casa
para enfrentar o penúltimo colocado no campeonato: o Paraná.
Em busca de mais uma
vitória, o tricolor viajou para Curitiba com dois desfalques: o atacante Pedro,
que se lesionou na última partida, e o lateral Gilberto que foi preservado. É
evidente que as ausências de dois titulares de um time que mal tem elenco
fariam falta, mas nem o mais pessimista dos tricolores imaginaria que o jogo se
transcorresse do jeito que foi.
Uma partida totalmente
apática e fora dos padrões que o próprio time do Fluminense vinha mantendo
desde o início do Brasileirão. A primeira lástima veio logo aos 10 minutos de
jogo quando Marcos Júnior sentiu uma contusão no músculo posterior da coxa. O
atacante havia sido poupado no jogo contra o Grêmio justamente por dores
musculares na região. No seu lugar, entrou aquele que seria a segunda lástima
da noite: Robinho.
O meia-atacante
conseguiu diminuir ainda mais o nível da partida do tricolor carioca que, aos
poucos, ia cedendo seu campo para os jogadores do Paraná. Sem saída de bola, o
Fluminense estava entregue.
No entanto, do outro
lado, a equipe que tinha o pior ataque do campeonato não conseguia aproveitar os espaços deixados pelos
defensores do Fluminense. Com uma bola na trave uma boa defesa do goleiro Júlio
César, o Paraná ditava o ritmo da partida.
A péssima partida de
Sornoza e Jadson realçavam a inutilidade do ataque tricolor que atuava de forma
desanimadora. E como se o jogo não tivesse elementos melancólicos suficientes,
Léo, o lateral que substituía Gilberto, arrumou um pênalti de presente para a
equipe da casa abrir o placar.
O gol sofrido fez bem
ao tricolor que finalmente acordou para a partida. Mas mesmo com o ímpeto
renovado, o time ainda tropeçava nas próprias pernas, sem conseguir criar uma
jogada sequer, sem um vislumbre individual que possibilitasse um lance de real
perigo.
Pablo Dyego voltando a marcar. [Foto: Lucas Merçon/FFC]
Outro momento capital
do jogo foi a contusão do lateral Léo que, por mais incrível que pareça, tornou
a equipe mais avançada. Primeiro, pelo motivo óbvio de estar perdendo o
confronto e segundo, pela mudança ousada no esquema do time na entrada do
atacante Matheus Alessandro. Com a alteração, Renato Chaves precisou exercer a
dupla função de zagueiro e lateral-direito. O time estava ofensivo, mas uma
bagunça.
Mesmo com o rendimento
menos pior em relação àquele apresentado no primeiro tempo, o Flu ainda tinha
muitas dificuldades para criar e seus lances mais animadores se resumiam às
jogadas afoitas do jovem Matheus Alessandro.
O que parecia não
poder piorar, piorou. Após jogada na lateral
esquerda, Willian Biteco empurrou para o gol ampliando o placar
a favor do Paraná. Já na bacia das almas, Pablo Dyego
(que entrara no lugar de Jadson) descontou para o Flu, mas não
havia tempo para mais nada. O jogo estava decidido.
A derrota veio como um
balde da água mais fria na cabeça dos jogadores e da torcida que vinha se
acostumando com as boas atuações da equipe. O Fluminense vê a segunda posição
escapar pelos dedos e aquilo que poderia ser uma boa arrancada nessas primeiras
12 rodadas bate de frente com a dura realidade do elenco tricolor que, por mais
bravo que seja, não demonstra condições de aguentar a intensa rotina de jogos.
O resultado de hoje deixa claro que até aqueles que eram criticados no passado,
fazem uma falta imensurável no futuro.
ST
Caio Ramos
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