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De volta ao mundo real.



 [Foto: Lucas Merçon/FFC]


    Depois de voltar de Porto Alegre com o empate heroico contra o
Grêmio, o Fluminense voltou aos gramados novamente fora de casa para enfrentar o penúltimo colocado no campeonato: o Paraná.
    Em busca de mais uma vitória, o tricolor viajou para Curitiba com dois desfalques: o atacante Pedro, que se lesionou na última partida, e o lateral Gilberto que foi preservado. É evidente que as ausências de dois titulares de um time que mal tem elenco fariam falta, mas nem o mais pessimista dos tricolores imaginaria que o jogo se transcorresse do jeito que foi.
    Uma partida totalmente apática e fora dos padrões que o próprio time do Fluminense vinha mantendo desde o início do Brasileirão. A primeira lástima veio logo aos 10 minutos de jogo quando Marcos Júnior sentiu uma contusão no músculo posterior da coxa. O atacante havia sido poupado no jogo contra o Grêmio justamente por dores musculares na região. No seu lugar, entrou aquele que seria a segunda lástima da noite: Robinho.
    O meia-atacante conseguiu diminuir ainda mais o nível da partida do tricolor carioca que, aos poucos, ia cedendo seu campo para os jogadores do Paraná. Sem saída de bola, o Fluminense estava entregue.
    No entanto, do outro lado, a equipe que tinha o pior ataque do campeonato não conseguia aproveitar os espaços deixados pelos defensores do Fluminense. Com uma bola na trave uma boa defesa do goleiro Júlio César, o Paraná ditava o ritmo da partida.
    A péssima partida de Sornoza e Jadson realçavam a inutilidade do ataque tricolor que atuava de forma desanimadora. E como se o jogo não tivesse elementos melancólicos suficientes, Léo, o lateral que substituía Gilberto, arrumou um pênalti de presente para a equipe da casa abrir o placar.
    O gol sofrido fez bem ao tricolor que finalmente acordou para a partida. Mas mesmo com o ímpeto renovado, o time ainda tropeçava nas próprias pernas, sem conseguir criar uma jogada sequer, sem um vislumbre individual que possibilitasse um lance de real perigo.
    
Pablo Dyego voltando a marcar. [Foto: Lucas Merçon/FFC]

Outro momento capital do jogo foi a contusão do lateral Léo que, por mais incrível que pareça, tornou a equipe mais avançada. Primeiro, pelo motivo óbvio de estar perdendo o confronto e segundo, pela mudança ousada no esquema do time na entrada do atacante Matheus Alessandro. Com a alteração, Renato Chaves precisou exercer a dupla função de zagueiro e lateral-direito. O time estava ofensivo, mas uma bagunça.
    Mesmo com o rendimento menos pior em relação àquele apresentado no primeiro tempo, o Flu ainda tinha muitas dificuldades para criar e seus lances mais animadores se resumiam às jogadas afoitas do jovem Matheus Alessandro.
    O que parecia não poder piorar, piorou. Após jogada na lateral
esquerda, Willian Biteco empurrou para o gol ampliando o placar a favor do Paraná. Já na bacia das almas, Pablo Dyego
(que entrara no lugar de Jadson) descontou para o Flu, mas não havia tempo para mais nada. O jogo estava decidido.
    A derrota veio como um balde da água mais fria na cabeça dos jogadores e da torcida que vinha se acostumando com as boas atuações da equipe. O Fluminense vê a segunda posição escapar pelos dedos e aquilo que poderia ser uma boa arrancada nessas primeiras 12 rodadas bate de frente com a dura realidade do elenco tricolor que, por mais bravo que seja, não demonstra condições de aguentar a intensa rotina de jogos. O resultado de hoje deixa claro que até aqueles que eram criticados no passado, fazem uma falta imensurável no futuro.

ST
Caio Ramos

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