Centroavante espanhol marcou seu terceiro gol no Mundial Foto: Reuters |
Quando o sorteio da Copa do Mundo foi
feito no dia 01 de dezembro no ano passado e nos deparamos com Espanha,
Portugal, Marrocos e Irã no mesmo grupo, a expectativa era de grandes jogos e
goleadas dos gigantes europeus contra os demais adversários.
Após o empate antológico em 3-3 na
primeira rodada, portugueses e principalmente espanhóis, que chegaram na Rússia
com status de favoritos, tinham a missão de não só jogar bem, mas construir
bons resultados nas rodadas seguintes para brigar pela primeira colocação do
grupo.
Mas para surpresa de muitos, Marrocos e
Irã dificultaram muito ambos os jogos e se por um lado Cristiano Ronaldo
resolveu no talento, a Espanha, conhecida por seu jogo técnico e vistoso,
contou com a raça – e sorte – de Diego Costa para vencer.
PRIMEIRO
TEMPO MORNO
Em relação ao primeiro jogo, Hierro
promoveu a volta de Carvajal na lateral direita e trocou Koke por Lucas Vázquez
no meio campo, buscando mais amplitude e velocidade, num jogo que exigiria além
da movimentação e toque de bola habitual, muita paciência por parte dos
espanhóis.
E durante toda primeira etapa, iranianos
estabeleceram um bloqueio muito bem compactado e viram a Espanha dominar o
meio-campo por completo, mas não conseguiu converter em chances claras de gol.
Já na segunda etapa, o jogo melhorou
bastante. Primeiro, Busquets acertou um belo chute, que foi defendido de forma
estranha, porém providencial do arqueiro. Em seguida, o Irã chegou perto de
abrir o placar em finalização de Hajsafi, mas a bola passou pelo lado de fora.
DIEGO
“ANIMAL” COSTA!
Conhecido por ser o homem dos gols no 1-0 e/ou do 2-1 do Atlético de Madrid finaliza europeu e campeão espanhol de Simeone, ele recebeu pouquíssimas oportunidades de defender a seleção brasileira e em 2013, optou por defender a seleção espanhola.
Desde que vestiu a camisa da Fúria pela primeira vez, o sergipano Diego Costa é alvo de diversas críticas sobre
seu jogo de imposição física, sem lá tanta movimentação e qualidade técnica,
não combinar com estilo de jogo dos espanhóis. Mas depois de um início de trajetória complicado, em dois jogos nessa Copa do
Mundo, ele vem provando o contrário.
Além de ter marcado 2 vezes contra Portugal na primeira rodada, desta vez, o centroavante viu Iniesta sair
da marcação e recebeu bom passe, daí foi “só” girar e bater para o gol. Diego
ainda viu a bola explodir no defensor, voltar em seu joelho e morrer no fundo
das redes.
Entretanto, os iranianos chegaram a igualar
o marcador minutos depois, após cobrança de falta. Após um desfio de cabeça,
Ezatolahi empurrou a bola para o gol e passou longos 27 segundos comemorando
com os companheiros... até o árbitro anular o gol corretamente com auxílio do
árbitro de vídeo.
O que se viu da Fúria nessas duas rodadas, é que estilo de jogo com posse de bola, movimentação, toques rápidos e infiltração espanhol, definitivamente ganha muito com Diego. E que nenhuma seleção do mundo (a não ser o Brasil) abriria mão de um centroavante tão decisivo quanto ele em seu elenco.
No fim das contas, vitória suada e muito
mais sofrida do que o esperado dos espanhóis, que agora, dividem a liderança do
grupo B com Portugal com 4 pontos ganhos, 4 gols marcados e três sofridos cada.
As equipes voltam a campo no dia 25, às
15h (horário de Brasília). A Espanha enfrenta o já eliminado Marrocos,
precisando apenas de um empate para garantir classificação, mas de uma boa
vitória caso Portugal também vença o Irã – que precisará vencer para seguir na
competição – no mesmo horário.
Pedro Ramos | @PeeRamos_
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