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De quem é a culpa?


É do conhecimento de todos o primeiro turno pífio que fez o Paraná Clube na Série A do Campeonato Brasileiro. O time patina desde o início do ano, quando caiu para o Londrina na taça Caio Júnior do Campeonato Paranaense, e para o Sampaio Correa na 2ª fase da Copa do Brasil.

Wagner Lopes e Rogério Micale já passaram pelo comando técnico da equipe e quem assumiu a bronca na última semana foi o velho conhecido, Claudinei Oliveira. Com Lopes foram somente 7 jogos, com aproveitamento de 28,57% entre estadual e Copa do Brasil. Com Micale um aproveitamento subiu pouco coisa: 38%, mas sem engrenar no Brasileiro, o treinador foi desligado do clube. Claudinei agora tem a missão de mudar esses números.

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A corda estourou pro lado de Micale, seria ele o vilão?
(Foto: Jason Silva/AGIF)

INÍCIO
Tudo começou lá em 2017 ainda. Um desmanche praticamente inevitável do time que conquistou o acesso. Com muitos jogadores emprestados, grande parte foi embora e os setores defensivo e ofensivos foram os que mais sentiram, com a chegada de reforços bastante duvidosos.

Nomes de veteranos como Zé Carlos e Carlos Eduardo chegaram e de outro lado apostas que não vingaram na Europa, como Matheus Pereira e Caio Henrique. A estratégia foi tão mal elaborada que grande parte dos jogadores que chegaram sequer estão aqui mais.

BRASILEIRO
O insucesso no estadual acendeu um alerta no Tricolor. Micale tentava dar sequência ao trabalho iniciado no estadual, mas mais uma vez os reforços foram bastante duvidosos.

O começo do campeonato foi esperançoso, o time apresentava um bom futebol, mas não conseguiu os resultados. As derrotas em casa para Corinthians e Sport abalaram o torcedor, que viu mais dois empates em casa (Grêmio e cap), e só conheceu a vitória já na 9ª rodada, diante do Fluminense.

O nervosismo e afobação do time, somados aos inúmeros erros de arbitragem, faziam o time ir de mal a pior. Não se viu evolução nenhuma com a parada da Copa e o time cometia os mesmos erros, chegando ao fundo do poço ao ser derrotado pelo Ceará, em casa, e assumindo a lanterna do campeonato.

CULPADO?
Como é de costume no Brasil diante de resultados ruins, a corda tem que estourar de algum lado, e Rogério Micale pediu a conta após a 18ª rodada do campeonato. Claro que o treinador tem sua parcela de culpa, afinal quem escala e treina o time é ele, mas paremos para analisar alguns números.

Segundo o Footstats, o Paraná é disparado o time que mais precisa de finalizações para poder fazer um gol: são 25,56 chutes para conseguir marcar. O 2º colocado Ceará, precisa de “só” 17, a diferença é enorme. Foram só 9 gols em 18 jogos, ou seja, precisamos de 2 jogos para marcar 1 gol. Somente na vitória contra o Fluminense, marcamos mais de 1 gol em uma partida.

No outro lado, o Tricolor é o 4º time que menos precisa de finalizações contra para tomar o gol: são 7,48. Ainda segundo o Footstats, Thiago Rodrigues é o goleiro que mais faz defesas difíceis: a cada 3,6 chutes sai uma defesa difícil do arqueiro.

A matemática é simples: não há milagre que faça uma equipe que perde uma quantidade absurda de gols na frente e toma atrás, ir bem em um campeonato.

FUTURO
A missão de Claudinei é dura. O time todo terá que se superar para a conquista do objetivo de permanecer na série A. Com um turno inteiro pela frente, seria isso tão impossível?

A primeira partida do treinador não encheu os olhos, mas mostrou evolução. A equipe lutou durante os 90’, chegou perto de abrir o placar, mas levou o gol da derrota aos 51’ do segundo tempo. Foi triste, mas serve de lição para o segundo turno.

A meta ideal para esse começo seria conquistar 10 pontos nas primeiras 5 rodadas, onde 3 jogos são na Vila Capanema. Além dos pontos, faria bem ao elenco e chamaria o torcedor.
A primeira batalha será diante do líder São Paulo, vamos a luta!

Fellipe Vicentini | @_FellipeS
#PRaCima

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1 Comentários

  1. Ótima análise da situação do Paraná Clube. A permanência na série A está seriamente ameaçada. Falta de recursos e contratações equivocadas levaram o time a esta difícil situação.

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