Amado por
todas as pessoas que tenham alma, o futebol é um dos esportes mais praticados em
todo o mundo. Há alguns anos, ele vem tendo um pouco do seu espaço direcionado
à uma classe que sofreu e ainda sofre um preconceito retrógrado e inútil para a
sociedade. As mulheres, hoje, vão tomando, aos poucos, o seu espaço de direito
no esporte mais apaixonante do universo, mas a mulher no futebol é uma questão
que vai muito além do esporte.
Mulher no futebol vai muito além do esporte (Foto: Reprodução) |
No Brasil,
antes mesmo de Marta, Cristiane, Formiga e companhia brilharem, muitas mulheres
suaram suas camisas para simplesmente jogarem futebol. Trazido ao Brasil por
Charles Miller em 1894, o esporte que encantou os tupiniquins, foi ter sua
primeira partida feminina registrada apenas em 1921. Considerada uma atração curiosa
aos olhos de muitos, era vista com extremo preconceito à época pois era
considerado um esporte brutal onde somente homens deveriam praticar.
Seguindo
estes pensamentos, por meio de um decreto-lei criado, as mulheres foram
proibidas de jogarem futebol, bem como praticarem qualquer tipo de esporte
incompatível com a natureza feminina. Este decreto-lei fora revogado apenas em
1979, onde a partir disso, times femininos começaram a serem criados no país.
Primeiro jogo de futebol feminino (Foto: Reprodução) |
O futebol
feminino, no Brasil, cresceu, e deve e merece crescer mais gradativamente. Recentemente,
regulamentações obrigaram times da Série A do Campeonato Brasileiro a terem
suas categorias femininas profissionais e de base, assim como a CONMEBOL
ordenou para os clubes poderem participar das competições sul-americanas.
Mas engana-se
quem acha que mulher no futebol se limita a jogadoras. Se estende também às
profissionais de imprensa, entre outros ramos. Mulheres que entendem mais de
futebol que muito marmanjo por aí, não podem escrever, comentar, falar do
assunto, simplesmente por ser mulher.
Futebol feminino no Brasil cresce, mas o preconceito segue o mesmo (Foto: Divulgação) |
O futebol
feminino é desde sempre, uma forma de talvez conseguir comunicar-se com o
público feminino, coisa cada vez mais importante hoje em dia. Ele sinaliza às
meninas que é possível elas poderem gostar e jogar futebol.
Apesar de
ter grandes dificuldades no meio, a mulher mostra sempre a sua vontade de
continuar. Ser mulher, sempre foi ter uma força vital múltipla. Foi e é ter
energia, inteligência, coragem, medo, sensibilidade e vontade de seguir em
frente. E é justamente essa vontade que faz todas as mulheres a seguirem em
frente no que pensam ser melhor para si mesma e lutarem para acabar de vez com
essa desvalorização da mulher por ser mulher.
Por: Patrick Floriani | @florianipatrick
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