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Foto: Bruno Cantini |
Saudações, dodĂ³is.
Estive sumido por motivos de loucura acadĂªmica, espero que compreendam. Apesar disso, nĂ£o podia perder a oportunidade de falar sobre o menino Alerrandro. AlĂ©m da sua Ă³tima fase com a camisa alvinegra, sendo vice-artilheiro da temporada, outras coisas me chamaram atenĂ§Ă£o no garoto.
Por isso, o texto de hoje nĂ£o vai ser sobre a vitĂ³ria contra o AmĂ©rica. VocĂªs jĂ¡ viram o jogo, sabem que o Igor Rabello nĂ£o tira uma bola no alto, que o PaulĂ£o CaveirĂ£o deitou na nossa defesa, enfim. Isso serĂ¡ apenas um pano de fundo para o assunto principal.
Vamos voltar no tempo: Alerrandro nĂ£o era uma estrela nas categorias de base, convenhamos. Somando Sub-20 e Sub-17, foram 35 jogos e 13 gols. Bons nĂºmeros, mas que nĂ£o o credenciaram a status de joia.
Por isso, subiu aos profissionais de forma discreta, estreando contra o Villa Nova, no Estadual de 2018.
Virou destaque em campo. PorĂ©m, nĂ£o de forma positiva. Perdia muitos gols e nĂ£o demonstrava fino trato com a bola. Obviamente, as cornetas vieram. E tocaram mais alto do que a charanga do Galo.
E assim surgiu o infame apelido "Alerrando".
O jovem centroavante ficava cada vez mais esquecido no elenco e a torcida (inclusive eu) ficava ansiosa para um Brasiliense da vida contratĂ¡-lo por emprĂ©stimo.
Voltemos a 2019: Alerrandro desanda a fazer gols, se torna artilheiro isolado do Campeonato Mineiro, na frente de nomes consagrados como Fred, Ricardo Oliveira e Neto Berola (risos). Isso tudo sendo reserva.
Mas o que quero abordar estĂ¡ alĂ©m dos nĂºmeros.
No fim do jogo contra o AmĂ©rica, onde ele meteu dois gols e nos salvou de um empate melancĂ³lico, Alerrandro deu outro show. Junto com Guga, o camisa 44 foi comemorar junto com a torcida, como se tivesse ganho a Libertadores.
SĂ³ os dois. Batendo no peito, mostrando nosso escudo. Num jogo que valia pouca coisa.
Isso Ă© amor ao clube. DedicaĂ§Ă£o. Estar feliz por vestir nossa camisa e viver aquele momento, coisa que faltou em certos jogadores que se diziam Ădolos.
Depois disso, Alerrandro ainda deu uma entrevista excepcional, demonstrando uma humildade gigantesca.
Mesmo com as crĂticas do passado, que nĂ£o foram poucas, o garoto nĂ£o botou banca e assumiu que Ricardo Oliveira, seu Ădolo, Ă© o titular absoluto.
Ainda relembrou o jogo contra o Flamengo, na Copa do Brasil que ganhamos, em que ele estava na arquibancada e falou da emoĂ§Ă£o que era estar no MineirĂ£o lotado e ser o homem do jogo.
É esse sentimento que precisamos. EmoĂ§Ă£o, paixĂ£o, vontade de lutar por uma naĂ§Ă£o de 8 milhões de pessoas... Por mais Alerrandros no AtlĂ©tico.
Sabemos que ele nĂ£o Ă© um primor de tĂ©cnica e que nĂ£o vai fazer 40 gols por temporada, mas jĂ¡ Ă© incrĂvel ter jogadores compromissados com nossas cores e que tĂªm alma de torcedor em campo.
É Ă³bvio que sĂ³ coraĂ§Ă£o nĂ£o ganha jogo. Mas ajuda muito a ganhar.
Voa, Alerrandro!
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2 ComentĂ¡rios
35 jogos, 13 gols. Esses nĂºmeros nĂ£o sĂ£o bons, mas vc disse. Pra mim sĂ£o nĂºmeros baixos.
ResponderExcluirsĂ£o razoĂ¡veis. NĂ£o sĂ£o bons o suficiente para ser a estrela da base. Tanto que ele chegou sem alarde nos profissionais.
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