Amigos, o Flamengo está na semifinal da Libertadores.
E o texto podia ser só essa frase.
Mas dado meu dever de trazer alguma curiosidade do lado do torcedor rubro-negro, tenho que escrever um pouco mais do que isso.
Então lá vai: ontem foi o jogo mais estranho da minha vida.
Explico o porquê.
Já disse aqui algumas vezes que o torcedor rubro-negro sempre sabe como será o resultado do jogo. E ontem foi mais um desses dias.
Flamengo e Libertadores pra mim sempre foi uma combinação sinônimo de absoluto desespero (imagens de dor e sofrimento). Cabelos pra cima, unhas em carne viva, coração na boca e perna tremendo.
Ontem, estranhamente, passei o dia pleníssimo, estranhamente calmo. Quando me perguntavam como eu estava, apenas dizia: "Tô muito confiante. E isso é um problema".
Achei que ficaria nervoso quando a bola começasse a rolar. Não fiquei. Bastaram dois minutos pra eu entender o porquê.
É simples. O time do Flamengo é muito bom, amigo. Não tem mais ponto fraco em nenhuma posição. Todo mundo joga bola. Por isso, foi dono do jogo no primeiro tempo e podia ter saído com um tranquilo 2x0. Vi o jogo com 4 amigos. Poucas vezes levantamos a voz ou saímos da cadeira. Discutimos o jogo como se fosse um de natureza qualquer.
Gente, era o jogo mais importante dos últimos 10 anos. No mínimo.
E lá estávamos nós voltando pro segundo tempo e falando ainda sobre uma história qualquer aí da vida.
Mas é óbvio. Alguma coisa de Flamengo tinha que ter. 1x0 Inter com gol de Lindoso. Óbvio, 737282928 milhões de reais pra tomar gol do Lindoso.
E tudo bem, nos 10 minutos seguintes eu fiquei nervoso. Os cabelos ficaram um pouco bagunçados.
Pero no mucho. O Inter não criava e ficava cada vez mais claro que a defesa estava bem postada e o gol tinha sido um lance fortuito. E quanto mais Odair abria o time, mais eu tinha certeza do gol.
Foi dele. Ou melhor, deles. Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol. O trio absurdo de 2019.
Acabou. É nosso.
Nunca imaginei que estaria em absoluta tranquilidade vendo o Flamengo se classificar num mata mata de Libertadores.
Festa, "olé" em Porto Alegre, e torcida gritando o nome do Arão. É bizarro demais pra ser verdade.
E de novo, amigos. O Flamengo está na semifinal da Libertadores.
A última vez que isso aconteceu eu não chegava nem perto de ser um projeto. Meu pai nem conhecia minha mãe e era mais novo do que eu sou hoje.
E estou escrevendo calmíssimo, indo tomar um Nescau antes de dormir. Eu nunca pensei que fosse escrever esse texto.
Realmente, o Flamengo é incrivelmente impresível, principalmente quando faz parecer o resultado final tão previsível.
Obrigado por ser assim.
No mais,
Saudações Rubro-negras.
(Fonte da imagem: Alexandre Vidal/Flamengo)
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