(Torcida do Zenit/Foto: Reuters)
"Zênite" é uma palavra que pertence a língua portuguesa, em seu sentido figurado ela é sinônimo de auge, ápice ou apogeu.
Uma parcela significativa da torcida do Zenit mostrou que o zênite da ignorância humana pode ser algo asqueroso, nojento, desumano.
Malcom é um jogador brasileiro muito bom de bola, chegou até o Barcelona e custou aos cofres da equipe russa a bagatela de 40 milhões de euros.
Em sua estreia pela equipe de São Petesburgo o atacante ex-Corinthians foi vítima de racismo, um racismo que supera a idiotia individual de cada um presente naquele estádio, o racismo sofrido por Malcom é institucional.
Em sua estreia pela equipe de São Petesburgo o atacante ex-Corinthians foi vítima de racismo, um racismo que supera a idiotia individual de cada um presente naquele estádio, o racismo sofrido por Malcom é institucional.
Em uma carta aberta, representantes de uma parcela da torcida do Zenit escreveram:
“Não somos racistas, mas para nós a ausência de futebolistas negros no plantel do Zenit é uma importante tradição que reforça a identidade do clube. Somos a equipe mais ao norte das grandes cidades europeias e nunca tivemos vínculos com a África, a América Latina, Austrália ou Oceania. Não temos nada contra habitantes destes continentes, mas queremos que joguem no Zenit atletas afinados com a mentalidade e o espírito da equipe”.
Essa interpretação da realidade é uma fraude. No plantel do Zenit pode-se encontrar 4 jogadores argentinos brancos com ascendência italiana, nunca foi reportada qualquer noticia de preconceito envolvendo esses "estrangeiros sem vinculo com a cultura russa".
A cultura racista que impera no clube do Zenit chegou ao absurdo nesta segunda-feira. Segundo reportagens geradas na própria Russia, a equipe peterburguesa já cogita vender Malcom para que o ambiente do clube não seja perturbado.
A equipe de São Petesburgo provavelmente irá perder a oportunidade de enfrentar o racismo que é comum á sua torcida, o Zenit prefere varrer o problema para debaixo do tapete e cultivar uma subcultura descriminatória que comanda o seu clube.
O Zenit mostra que merece esses torcedores preconceituosos. Quem não merece esses torcedores é o Malcom que deve procurar o zênite de sua carreira onde o seu futebol seja reconhecido.
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