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Imagem: Divulgação FIBA |
Anderson Varejão, Nenê Hilário, Marcelinho Huertas, Leandrinho, Tiago Splitter. Esses são alguns dos nomes brasileiros de maior sucesso no basquete mundial na última década, alguns deles, com passagens impactantes e vitoriosas pela NBA.
Mesmo com uma quantidade razoável de talentos individuais - nem sempre reunidos é verdade - as últimas campanhas da seleção brasileira não chegaram nem perto de serem positivas. Vide, a eliminação precoce nas últimas Olimpíadas disputadas em casa, ainda na primeira fase do torneio.
Além disso, a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) foi suspensa pela FIBA em 2016, após graves problemas financeiros, uma gestão desastrosa e a falta de um plano de reestruturação decente para o basquete no país.
Problemas aparentemente contornados, o Brasil não só anunciou a chegada do croata Aleksandar Petrovic para o comando técnico em 2017, como também viu novos talentos despertarem, como Bruno Cabloco, Didi e Yago. E ambos se juntaram a nomes experientes para disputa da Copa do Mundo na China.
LARGADA INVICTA E CAMPANHA DIGNA
A primeira fase da seleção fosse resumida em uma palavra, seria: espetacular. Vitórias muito consistentes contra Nova Zelândia e Montenegro e uma incrível contra Grécia de Giannis Antetokounmpo.
Uma defesa impecável, ótimos desempenhos individuais e uma força coletiva física, técnica e mental impressionante foram vistas após muito tempo dentro da seleção.
A segunda fase, contou com uma derrota relativamente inesperada contra República Tcheca, num jogo onde quase tudo deu errado e depender de uma vitória contra os Estados Unidos para se classificar, cá entre nós, não é das tarefas mais simples.
Vale destacar, as incríveis performances de Anderson Varejão, que no auge dos seus 36 anos, colocou os gregos no bolso, anotando 22 pontos e nove rebotes e terminou a competição com eficiência de 15,6% em média.
O FUTURO É LOGO ALI!
Infelizmente, a eliminação na Copa do Mundo deixou a seleção sem uma das vagas para as Olimpíadas do ano que vem, em Tóquio. Mas as perspectivas para o torneio classificatório são excelentes, não apenas pelo desempenho mostrado na China, mas pela chance dos jogos serem disputados aqui no Brasil.
Nomes como Varejão, Marcelinho e Leandrinho, provavelmente continuarão saudáveis e manterão seu nível técnico, jogando no NBB ou numa liga européia. Além disso, Cabloco e Didi estarão ainda mais experientes e contudo, têm tudo para representar novos tempos no basquete brasileiro.
Com sequência de trabalho, uma gestão responsável e jogadores motivados, sobram motivos para crer que o Brasil literalmente enterrou todas as desconfianças e o futuro nos reserva uma nova bola ao alto para seleção voltar a ser competitiva e disputar grandes torneios.
Pedro Ramos | @peedrohramos
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