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PRIMEIRA EQUIPE BICAMPEÃ DO BRASILEIRO FEMININO

Ferroviária bicampeã do  Brasileirão feminino A1 (Reprodução: Ferroviária)


Hoje, domingo (29), foi disputado no estádio Alfredo Schürig (conhecido como Fazendinha ou Parque São Jorge), o segundo jogo da final do Brasileirão feminino A1, entre Ferroviária e Corinthians. O primeiro jogo, em Araraquara, acabou em 1x1, levando a decisão e a emoção para São Paulo, no segundo jogo. A expectativa para o confronto foi grande, pois, a equipe que ganhasse conseguiria ser a primeira a obter o bicampeonato.

De um lado, as donas da casa, confiantes após obterem a classificação para a final, estavam felizes pela segunda final seguida no campeonato. Fizeram uma ótima campanha: se mantiveram em 1º lugar durante toda a fase de classificação, além  de terem alcançado o recorde mundial das 34 vitórias seguidas.

Do outro lado, as guerreiras grenás, chegando a final depois de uma virada decisiva: se classificaram em 7º lugar, eliminaram o vice-líder, Santos, revertendo o resultado na casa delas e fizeram o mesmo com o Avaí/Kindermann, obtendo a vaga na final.

O primeiro jogo foi cheio de emoções, com o time Araraquarense abrindo o placar antes do primeiro minuto, time alvinegro empatando perto do fim do primeiro tempo e muita classe das duas equipes ao vencer todo sol e calor e conseguir segurar os ataques com ótima marcação. A torcida afeana estava em peso, junto com a torcida fiel, de várias regiões.


Todos sabemos que o clima de final é diferente, e foi neste clima que se baseou o jogo de hoje. Todas focadas em um só objetivo: a tão esperada taça, para isso, era preciso abrir o placar. O que foi difícil, logo nos primeiro minutos, as goleiras mostraram que não seria um jogo fácil. 

Nos ataques das donas da casa, Luciana mostrava todo seu talento, fechando o gol até em momentos impossíveis, que parecia  estar tudo perdido. A zaga Corinthiana também não deixava nada passar, muito menos o meio campo, e a goleira, Letícia, fazia vários milagres. O jogo foi se mantendo assim, agitado, feroz e principalmente, um show repleto de talento com a bola.

Após o intervalo, as equipes saiam para o tudo ou nada, revezando algumas vezes em atacar mais ou defender mais, ambos os times tinham vontade para decidir no tempo normal. Por ser uma final, faltas e cartões não faltavam, literalmente saiam para jogar e levar a taça. Apesar de todo o esforço, não foi possível abrir o placar em tempo normal, levando aos pênaltis.

O Corinthians começou batendo, com Victoria Albuquerque, que logo converteu de maneira precisa e decisiva; as guerreiras empataram com Luana; a capitã alvinegra, Gabi Zanotti bateu em cheio e com estilo, mais um para as donas da casa; a camisa 10 afeana, Aline Milene honrou e empatou novamente; Tamires foi com todo seu talento e categoria, mas Luciana defendeu precisamente; Andreia, com toda sua experiência, abre vantagem para a ferrinha; Ingryd  cobrou com muita dedicação, mas acabou chutando para fora; por fim, Gessica marcou e garantiu a vitória para a equipe de Araraquara, vencendo por 4x2

Partida decisiva pela semi do paulista também teve a Ferroviária como adversária. (Reprodução: Bruno Teixeira)


Com a vitória, além de levar a taça, a equipe conseguiu também duas coisas importantes e novas na modalidade: primeira equipe a obter o bicampeonato (2014 e 2019) e a primeira equipe campeã com uma técnica mulher, Tatiele Silveira. Após um jogo de muita emoção, as jogadoras e a comissão comemoraram muito, junto a torcida que as acompanharam.

Luciana dedicou a vitória ao seu pai, que teve um AVC, e a sua família que fez com que ela continuasse jogando enquanto seu pai se recuperava. Além de comentar sobre seu mal súbito no jogo passado. A capitã do jogo, Maglia, falou sobre a impotância da técnica que elas possuem e comemorou muito, Carol Tavares, Aline Milene,  Andreia Rosa,  Rosana, Ludimila e todas as outras vibraram muito, deram entrevistas e compartilharam as comemorações em seus stories.

O Corinthians, ficou com o segundo lugar, um resultado que não era o esperado, todas as jogadoras merecem parabéns, pela partida, campanha e o talento que demonstraram em campo. Foram até o fim com muita garra e dedicação, a típica raça, que é uma característica do clube. No pós jogo, Pardal fez um breve comentário e elogio ao seu time, destacando isso.

Jogadoras comemorando o título. (Reprodução: Ferroviária)


O título representa toda a garra e dedicação dessas mulheres durante todos seus jogos, expressa também o trabalho da comissão técnica, além de deixar claro a importância do clube no futebol feminino, com 18 anos de muito trabalho e tradição.

Deixo aqui meus parabéns as duas equipes, merecedoras de todo o sucesso vivido, além de ficar impressionada com a repercussão dessa final, audiência incrível na TV Band e o jornalismo esportivo voltado também às mulheres. Mostram o avanço da modalidade.

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