Foto: Flamengo/Divulgação/ Twitter
Eu cresci ouvindo sobre o time de 81, sobre como aquele time encantou ao ver em campo, suas conquistas, seus feitos. Hoje vejo o time de 2019 conseguindo algo que nem o time de 1981 conseguiu, em menos de 23 horas, o Flamengo foi campeão da Copa Libertadores e do Campeonato Brasileiro, mesmo sem entrar em campo.
Esse texto é sobre o Campeonato
Brasileiro, onde com quatro rodadas de antecedência e uma pilha de recordes
sendo quebrados rodada após rodada, o Flamengo foi heptacampeão.
Em um início de campeonato abaixo
do esperado com Abel Braga, o Flamengo acumulou duas derrotas nas cinco
primeiras rodadas do Brasileirão. Pressionado, Abel Braga saiu do cargo e deu
lugar a Marcelo Salles, integrante da comissão técnica fixa do clube, que
comandaria o time nos últimos três jogos antes da parada da Copa América. O “Fera”
conseguiu duas vitórias e um empate e deixou o time em terceiro colocado, em um
momento que parte da imprensa dizia que o título já era do Palmeiras.
A parada para a Copa América
chegou e caiu como uma luva. Peças-chave foram adicionadas: Gerson, Filipe Luís,
Rafinha, o impressionante Pablo Marí e no comando a contratação de um português
que 90% dos brasileiros não tinham a menor ideia de quem era, Jorge Jesus,
experiente treinador que nunca tinha obtido sucesso fora de Portugal.
Com o “Mister”, o Flamengo no
Campeonato Brasileiro, teve um início avassalador com um sonoro 6-1 sobre o
Goiás no Maracanã. O time mostrava uma postura melhor, mas ainda não era
brilhante. Ainda no início do trabalho, na 13ª rodada, quarto jogo sob o
comando de JJ, o Flamengo sofre uma derrota por 3-0 para o Bahia, que viria a
ser sua última derrota no Campeonato até hoje.
Desde então, o Flamengo evoluiu
rodada a rodada, conquistando pontos preciosos e vendo seus rivais diretos
tropeçarem, assumiu a liderança em uma vitória por 3-0 sobre o Ceará no
Castelão, com um gol de Arrascaeta digno de Puskas. De lá para cá, demonstrações
de força impressionantes como a vitória por 3-0 sobre o Palmeiras, no Maracanã.
A epopeia rubro-negra, nem se
fosse escrita por roteiristas de Hollywood seria tão perfeita, tão com a cara
do Flamengo. O troféu do Brasileirão será entregue no jogo de returno contra o
mesmo Ceará, contra quem no primeiro turno, conquistamos a liderança.
Sabe todas aquelas histórias que
ouvi falar sobre o Flamengo de 1981? contarei sobre o de 2019.
O melhor time brasileiro que vi
jogar.
O grito entalado, enfim foi
solto. Depois de 10 anos, somos Hepta!
SRN,
Luiz Otávio
Luiz Otávio
@kurumiin
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