Conheça um pouco mais da história da mulher que é diretora da Federação Paulista de Futebol e foi vice-campeã na Copa da China em 2007
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Aline vestindo o uniforme da seleção (Reprodução/ Portal Prudentino) |
Sua trajetória com a bola começou aos 6 anos, momento em que começou a brincar com os meninos, histórias assim já foram contadas por aqui. Com 15 anos, já jogava profissionalmente no São Paulo, ao lado de mulheres com o dobro de sua idade. Em 2019, em entrevista ao site El País, disse: “Minha geração não teve tempo de amadurecer. Ainda assim, conquistamos muita coisa. Se dermos a chance de as meninas se desenvolverem desde cedo, teremos resultados ainda melhores.”
Então, esse tem sido seu trabalho na Federação Paulista de Futebol (FPF), desenvolver, da forma
certa, o futebol feminino – desde as categorias de formação, para que no futuro,
as jogadoras tenham uma estrutura e um suporte maior para chegarem a grandes
finais e títulos. Em junho do ano passado, organizou na FPF a primeira peneira
feminina, que reuniu mais de 400 atletas entre 14 e 17 anos.
Aline jogou como zagueira, vestindo durante nove anos a amarelinha,
sendo sete desses como capitã. Conquistou durante esses anos de seleção títulos
como, a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004, o vice campeonato
Mundial de 2007 na China e a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos no Rio em
2007.
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Time titular na final dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio (Reprodução/ Rafael Ribeiro/CBF) |
Sua carreira chegou ao fim em 2013, ano em que foi técnica
por quase um semestre do time feminino Vitória de Santo Antão. E foi em 2016 que
assumiu seu cargo na federação paulista. Nesses 4 anos, foi responsável por
criar o primeiro campeonato feminino de base, o Paulista sub-17. Em seguida, foi idealizadora do primeiro
festival sub-14 para meninas.
Entretanto, esses não são os únicos feitos da ex-jogadora. Também tem usado sua voz para denunciar as desigualdades entre homens e mulheres no
esporte, sejam essas referentes ao salário, estrutura de treino ou visibilidade. Sempre que possível tenta reforçar que é necessário representatividade em todos os âmbitos possíveis na
modalidade, para atrair cada vez mais público e novas gerações.
Aline Pellegrino com certeza seria um grande nome para assumir o cargo de coordenadora de futebol feminino na CBF, este ainda não fora ocupado desde que Marco Aurélio Cunha renunciou em junho desse ano.
Espero que tenham gostado de saber um pouco mais dessa heroína incrível e que muitas meninas/mulheres se inspirem nessa trajetória que Aline traçou.
Fico por aqui, Larissa Campesan (@fclarisz)
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