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Heroínas do futebol: Formiga #10

"Formito", a meia indescritível da nossa seleção

(Reprodução/CBF)

No último texto da série "Heroínas do Futebol" - feita para homenagear grandes nomes do futebol feminino brasileiro, será apresentada a história da Formiga, ou Formito para os amantes da modalidade. Para conferir o texto anterior, sobre a Rosana, clique aqui.

Miraildes Maciel Mota nasceu em 3 de março de 1978, em Salvador, Bahia. Sua trajetória com a amarelinha começou aos 16 anos, essa que perdura até hoje, se destaca, entre homens e mulheres, por ser a recordista na participação de copas do mundo - sendo 7 no total.

Como imaginado, seu começo não foi nenhum um pouco fácil, não tinha muito apoio dentro de casa, seu irmão, por exemplo, não queria que ela estivesse jogando no meio dos meninos, então ela apanhava. Mas é claro que não desistia, não tardou até a mãe perceber o que acontecia e começar a apoiá-la. Neste momento, aos 12 anos, começou de fato na modalidade, com sua garra e as pessoas certas em seu caminho, nascia aí a jogadora que se multiplicava fácil em campo - como uma formiga.

Começou no futsal, no Euroexport, passou logo para o futebol, se destacando como revelação no Campeonato Baiano, aos 15 anos foi revelação no Campeonato Brasileiro, o que a levou direto a seleção, um anos mais tarde, já estava na seleção principal.

Uma craque que viu de tudo, avanços; retrocessos; mudanças de pensamentos e táticas, fez parte de diferentes seleções, foram literalmente anos dentro de campo. Provavelmente, não pensa em parar tão cedo e se dedica em ser um exemplo cada vez maior para as futuras gerações.

Pan-Americano 2007, Maracanã (Reprodução/CBF)

Participou de todas as edições do futebol feminino dentro das olímpiadas - esporte que entrou na edição de 1996 - foi duas vezes vice-campeã olímpica e uma vez vice-campeã da Copa do Mundo, foi três vezes campeã dos jogos Pan-Americanos (2003, 2007 e 2015), além de receber a bola de prata em 2016.

Naquele mesmo ano, resolveu se aposentar da seleção brasileira, entretanto, a decisão foi repensada e ela acabou voltando para o lugar que não deveria ter saído. Hoje, joga pelo Paris Saint-German, clube em que atua desde os 38 anos.

Aos 42 anos, a volante é sem dúvidas um grande exemplo, seja por toda sua trajetória dentro da modalidade, superando preconceitos em dobro - sendo uma mulher negra jogando futebol ou por esbanjar talento e qualidade em um momento que muitos e muitas pensam em encerrar sua carreira. Que essa mulher seja cada vez mais interpretada como uma heroína, ou melhor, como A Formito.

Fico por aqui, Larissa Campesan (@fclarisz_).

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