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Foto: Heber Gomes/Agif/Folhapress |
Mais um jogo na Serrinha, mais uma derrota. Se existe alguma receita para o rebaixamento, o Goiás está seguindo à risca.
Já são 4 derrotas em casa. Nas duas últimas, foi de virada e 7 gols sofridos. SETE!
Diante do Fluminense, na noite desta quarta-feira (7), o ataque até que voltou a funcionar e deu esperanças ao torcedor que poderia ser diferente.
Entretanto, a defesa também foi mal mais uma vez e já está virando coisa de filme da sessão da tarde.
Estratégia
Sem David Duarte, Sandro, Daniel Bessa (suspensos) e Keko, lesionado, Enderson escalou Heron, Ratinho, Ignacio Jara e Victor Andrade, mantendo o esquema no 4-2-3-1, com algumas variações, como por exemplo, a movimentação do ataque.
Gostei muito da postura inicial ofensiva do Verdão.
Victor Andrade e Vinicius Lopes flutuavam entre Rafael Moura e Jara. Ora um caía pela direita, ora outra caía pela esquerda.
Até o He-Man, teoricamente fixo, se movimentou bastante e também apareceu pelos lados do campo, onde a equipe mais atacava.
Essa mobilidade do tridente ofensivo esmeraldino confundiu a marcação adversária e garantiu agilidade na construção das jogadas.
O problema, para variar, é quando o time joga sem a bola e precisa marcar. O sistema defensivo do Goiás é bastante desordenado e parece não possuir uma estratégia definida.
Prova disso é a forma como o time tomou os gols contra o Flu. No 1º, Yago Felipe e Hudson conseguiram tabelar dentro da área.
No 2º, Caio teve liberdade para cruzar e Fred cabeceou sozinho na antecipação. Já no 3º, erro na saída que Nenê aproveitou.
Por último, no 4º gol, uma lambança geral. Digão, que nem precisou subir, errou a cabeçada, mas a bola ainda sobrou para ele dentro da pequena área, e ninguém conseguiu desarmar.
Enfim, a cada jogo é um show de horrores da defesa esmeraldina.
"O que eu penso é que temos que qualificar a equipe urgentemente, e estamos trabalhando o tempo todo pensando nesses nomes para qualificar mais", admitiu Enderson sobre a fragilidade do time.
A equipe que estava 3 partidas invictas (2 vitórias e 1 empate), sob o comando de Larghi, agora tem 2 derrotas seguidas.
Thiago não poderia ter sido demitido pelo que vinha apresentando em campo, mas o problema é que o futebol vai além das 4 linhas.
Então, reitero: a culpa é de quem contrata, ou nesse caso, de quem NÃO contrata.
Avaliação dos jogadores
23- Tadeu: não teve culpa nos gols e evitou um placar mais elástico ao fazer uma grande defesa em uma cabeçada. Nota 5,5;
33- Edilson: única virtude é na bola parada. Na marcação e no apoio, completamente perdido. Nota 3,5;
15- Heron: não teve nenhum erro individual, mas não conseguiu realizar nenhum desarme. Nota 4;
27- Fabio Sanches: pior do que o companheiro de zaga, foi falho na marcação dos gols. Nota 3,5;
13- Jefferson: apoia bem e participou da jogada do 1º gol, contudo sofre para marcar e toma muitas bolas nas costas. Nota 5;
56- Ratinho: diferente do Sandro, deu mais mobilidade na transição defesa-ataque. Falhou no 3º gol do Flu. Nota 5;
5- Breno: fez boa dupla de volante com Ratinho e jogou bem no 1º tempo. Nota 5,5;
18- Ignacio Jara: atuação mediana, poderia ter rendido mais. Saiu no intervalo e jogou só 1 tempo. Nota 5;
9- Rafael Moura: queimou minha língua em relação a minha análise do último jogo e foi o melhor em campo. Não só pelos gols, mas teve bastante mobilidade, se movimentou muito, buscou o jogo, enfim, teve outra postura. Ainda exigiu boa defesa do goleiro em um chute cruzado. Nota 8;
70- Vinicius Lopes: jogou relativamente bem no 1º tempo e deu assistência para He-Man. Entretanto, sumiu na etapa final. Nota 6;
6- Caju: mal novamente e não contribuiu em nada para o jogo. Nota 3,5;
21- Daniel: entrou quando já não tinha mais o que fazer e jogou pouco. Sem nota;
17- Shaylon: atuou somente nos minutos finais e não teve aproveitamento. Sem nota;
77- Vidal: também não teve oportunidade para mostrar serviço. Sem nota;
Téc. Enderson Moreira: escalou com o que tinha, mas errou nas substituições ao improvisar colocar Caju no lugar de Jara. Perdeu outra alteração pela lesão de Victor Andrade. Como prometi, darei tempo para trabalhar. Nota 4,5.
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