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Um dia para se esquecer no Atlético

(Foto: Cesar Greco/Divulgação)
 

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Foi um dia para se esquecer.

Nada que o Atlético-GO tentou deu certo contra o Palmeiras na tarde deste domingo (25), pela Série A.

Características do time, como a transição rápida e a construção de jogadas que começam com Jean, não funcionaram.

Na verdade, foram até vilãs decisivas para a derrota, em erros individuais. 

Para o setor de ataque, a mesma coisa. A impressão que tinha era que o Dragão poderia jogar até no dia seguinte que o gol não sairia.

Em outras análises minhas, já havia comentado o receio de que tinha do Rubro-Negro perder muito na qualidade de transição com a saída de Edson.

Bom, ainda é cedo para cravar isso, entretanto a equipe esteve mais lenta nos 2 últimos jogos, contra o Athletico Paranaense e o Palmeiras.

O fato é que os jogadores demoraram muito para sair de trás e construir as jogadas, algo que não é do estilo de jogo do time.

Destaques positivos ficaram para Chico e Janderson, que foram os mais agudos e que tentaram alguma coisa.

"Poderíamos, claro, ser mais incisivo, mais rápido, mas até o 1º gol o jogo estava equilibrado. Não tinha essa velocidade (de transição), mas o Palmeiras também não conseguia construir", comentou Eduardo Souza sobre a lentidão da equipe em entrevista coletiva pós-jogo.

Erros individuais

O fator determinante para a derrota foram os 2 erros individuais decisivos na partida, em que saíram 2 gols do adversário.

No 1º, Dudu e Gabriel Baralhas bateram cabeça e deixaram todo campo defensivo para Wesley arrancar e abrir o placar.

Acredito que não pode crucificar o volante, já que foi apenas a estreia do jogador pelo Atlético.

Contudo, foi a segunda falha consecutiva de um atleta da posição (Willian Maranhão foi expulso no jogo passado). 

Portanto, é preciso trabalhar a concentração do time para que erros como esse não aconteçam mais.

No 2º, Jean foi tentar sair jogando e deu um presentão para Luiz Adriano. O lance desestabilizou o time, que ainda tomou outro.

Também foi a segunda falha do goleiro atleticano (entregou outro lance contra o RB Bragantino).

Quem joga como o Dragão, esse é um risco que a equipe assume. 

O problema é que não pode se dar ao luxo de falhar assim muitas vezes. Se quiser manter esse estilo de jogo, Jean necessita trabalhar melhor o fundamento de saída de bola.

Particularmente, sou a favor dessa característica. Mas tudo depende de como o time se comportará mais adiante com essas perdas.

"Sabemos que nesse nível de campeonato, que é o brasileiro, errar contra uma equipe de qualidade você paga caro. Foi isso que conversamos, temos que diminuir esse erro, porque na 4ª feira isso não pode acontecer em um jogo eliminatório (Copa do Brasil diante do Inter)", analisou Eduardo Souza.

Notas individuais

1- Jean: falhou feio no 2º gol do Palmeiras. Nota 3;

2- Dudu: esteve no erro que gerou o tento de abertura do adversário. Nota 3,5;

3- João Victor: deixou espaço para Luiz Adriano finalizar e fazer 3 a 0. Nota 4;

4- Éder: não comprometeu, mas a atuação foi abaixo dos outros jogos. Nota 5;

6- Nicolas: desta vez não foi tão agudo como costuma ser. Nota 4,5;

5- Gabriel Baralhas: era o homem da sobra, bateu cabeça com Dudu e permitiu espaço para Wesley abrir o placar. Nota 3;

8- Marlon Freitas: tentou fazer a transição, entretanto esbarrava na lentidão dos companheiros. Nota 5;

10- Chico: apesar de ter desperdiçado algumas chances, foi um dos poucos destaques. Tentou, correu, brigou. Nota 6;

7- Janderson: outra boa partida do ponta. Sempre muito rápido e agudo, esteve envolvido nas principais jogadas ofensivas. Nota 6,5;

9- Zé Roberto: praticamente assistiu o jogo de dentro do campo. Nota 4;

11- Gustavo Ferrareis: começou buscando jogo, mas sumiu no decorrer da partida. Nota 5;

13- Arnaldo: jogou apenas os minutos finais. Sem aproveitamento;

16- Natanael: entrou melhor do que Nicolas e armou boas jogadas de profundidade. Nota 5;

17- Matheus Vargas: esteve apático, assim como a equipe. Nota 4;

19- Matheuzinho: deu mais dinâmica na frente, mas dessa vez não conseguiu ser o salvador. Nota 4,5;

21- Junior Brandão: não teve chances para concluir. Nota 4;

Téc. Eduardo Souza: o menos culpado pelo resultado. Escalou o time com o que tinha, manteve o estilo de jogo que os atletas estão habituados, fez a trocas que geralmente são feitas, mas não surtiram efeito. Nota 4,5.

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