Que o Flamengo tem um time que estĂ¡ muito acima da maioria dos rivais nacionais ninguĂ©m tem dĂºvida. E boa parte desse grupo foi montado a partir de 2019. PorĂ©m, apesar do tĂtulo da Libertadores no ano mĂ¡gico pode-se dizer que a maioria destes jogadores nĂ£o havia sentido o que todo mundo fala do famoso “clima de libertadores”.
Isso porque em hĂ¡ dois anos o
Flamengo teve um caminho que passou por um time equatoriano e dois brasileiros
antes de pegar o River na final. Jogos em que o clima foi diferente. O que mais
se aproximou dessa atmosfera foi contra o Peñarol, na fase de grupos.
Em 2020, sem pĂºblico nos estĂ¡dios, nada chegou perto do que nos acostumamos a ver nas noites de quarta-feira.
E o roteiro estava seguindo o
mesmo na ediĂ§Ă£o atual. Estava. Pois no jogo de ontem o Flamengo conheceu o que
Ă© uma verdadeira noite de Libertadores.
EstĂ¡dio acanhado, time adversĂ¡rio
limitado, (alguns) torcedores no estĂ¡dio, um juiz bastante caseiro e uma
montanha russa de emoções durante os noventa minutos.
Absolutamente tudo aconteceu. Gol
do trio infernal, jogo paralisado por mais de dez minutos para atendimento de
jogador que caiu desacordado em campo, lateral expulso e que voltou ao jogo
depois do VAR marcar pĂªnalti no lance anterior e gol do time da casa no final
do tempo. Isso foram sĂ³ os primeiros quarenta e cinco minutos.
A segunda etapa também foi
maluca. Gol aos sete minutos, pressĂ£o do Olimpia, cartões amarelos a torto e a
direito, MUITAS chances perdidas pelo Flamengo, que poderia ter uma vantagem
semelhante a que tinha sobre o ABC na semana passada. SĂ³ conseguiu fazer algo
jĂ¡ aos 46 com Vitinho.
Apito final. Quatro a um no
placar e mais uma pequena confusĂ£o quando a partida terminou.
Esse Flamengo foi finalmente
batizado na Libertadores e vai chegar na semi final com bagagem pra jogar,
provavelmente contra o Fluminense, em busca do sonho do tri.
Saudações rubro-negras!
Hugo GĂ³es (@hgoes8 no twitter)
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