Elenco Bicolor comemorando o título. Foto: Fernando Torres |
Passada essa
conquista do primeiro turno, nos pênaltis sobre o maior rival, vamos analisar o
porquê dessa conquista ter sido tão importante para o Paysandu, sua torcida e
jogadores.
Com uma
campanha espetacular, de seis jogos, onde obteve quatro vitórias e dois empates
tendo 66,6% de aproveitamento, Celsinho foi o destaque e artilheiro do time com
três gols e quatro assistências, o time comandado por Dado Cavalcanti mostrou
em todo o decorrer da competição, qualidade e organização em campo, muita
entrega pelos jogadores e o mais importante, que foi essencial para essa
conquista, conjunto, nos principais jogos, o bicolor paraense mostrou sua força
de elenco, com jogadores dando o seu máximo em campo, peças inesperadas saindo
do banco para brilhar e muita união.
O começo de
2016, com a permanência de Dado no comando do Paysandu, o mesmo pode montar um
elenco de acordo com suas propostas de jogo e intenções, assim, havendo todo um
planejamento correto para toda a temporada, algo inédito no Paysandu. Uma
pré-temporada forte e bem trabalhada, o time iniciou o ano no dia 01 de
fevereiro contra o Paragominas na Curuzu quando venceu por 3x0, e surpreendendo
toda a torcida pela evolução que o time teve perante aquele de 2015, um time
que joga trabalhando bem a bola, passes de qualidade e em velocidade, muita
movimentação, e fluidez de jogo, enfim tínhamos um jogador de meio de campo com
qualidade, o Celsinho. Os jogos foram passando, e vimos que essa realmente era
a proposta de jogo do Paysandu, um time que joga de forma inteligente em campo,
sabe o momento certo de avançar e de recuar. Teve como ponto fraco nos
primeiros jogos, a defesa que deixava espaços e a lateral esquerda com Raí que
falhava muito, problema este resolvido com a entrada de Lucas, volante
improvisado que foi bem, os espaços na defesa aos poucos estão sendo
corrigidos.
Esse futebol
bem jogado colocou o Paysandu um patamar acima dos outros clubes do campeonato
para a semifinal e grande final, até mesmo acima do seu rival que joga um
futebol fraco e dependente de certos jogadores, nas semis, o bicolor paraense
enfrentou o Águia de Marabá, em um jogo pegado, com forte marcação, o Papão
enfrentou dificuldades para passar pelo meio campo congestionado do Águia e o
jogo terminou 0x0, um detalhe importante é que com 25 minutos de jogo o
Paysandu perdeu um dos seus principais jogadores após briga, o meia Celsinho,
nesse momento o bicolor mostrou seu conjunto, pois todos os jogadores correram
mais para repor os espaços, o outro meia Raphael Luz, se movimentou muito e deu
funcionalidade a meia do Paysandu, Augusto Recife se destacou dando arrancadas
lá de trás, Roniery quando entrou ia e voltava em alta velocidade para marcar,
no final do jogo com mais expulsões para os dois lados, o lobo continuou
pressionando, e o zagueiro Gilvan mesmo machucado na costela com muita raça e
vontade vencer continuou em campo dando seu máximo, nas penalidades, a estrela
do goleiro Emerson brilhou quando agarrou dois pênaltis e o bicolor paraense
passou para a final contra o rival.
Augusto Recife brigando pela bola. Foto: Fernando Torres |
Na final, mais
um jogo complicado, entretanto, o Paysandu mais uma vez venceu com seus 11
jogadores em campo, o técnico Dado e seus reservas e comissão técnica que teve
participação especial no final. O conjunto bicolor venceu a individualidade
remista, o jogo começou de forma normal para um clássico de tanta rivalidade,
muito pegado, sem muito jogo de verdade, mas aos poucos o Paysandu foi se
sobrepondo no jogo, trabalhava bem a bola com Recife e Marcelo Costa, Raphael Luz
preso na marcação atrapalhava as investidas bicolores que fluíram mais pelas
alas do campo, até que começou a chuva e o jogo começou a mudar, com o campo
molhado o bicolor não conseguia trocar muitos passes, atrapalhando o modo de
jogo alviceleste, mesmo assim, o gol saiu aos 33' em cobrança de falta de
Marcelo Costa que foi desviada por Eduardo Ramos, a chuva foi apertando e o
gramado ficando cada vez mais pesado, e assim favorecendo jogadas individuais,
o forte do time rival, assim o remo foi crescendo no jogo e o mesmo se repetiu
no segundo tempo, com um remo pressionando de forma desorganizada, mas em cima
principalmente com Ciro, Eduardo Ramos e João Victor, até que aos 35' em
lançamento de Henrique para Welthon, a bola prendeu na poça d'água e enganou o
goleiro Bicolor que trombou com o atacante azulino e o juiz marcou pênalti e
expulsou o goleiro bicolor, o até então desconhecido Marcão entrou, mas Eduardo
Ramos converteu o pênalti. O jogo seguiu e terminou, a decisão seria nas
penalidades, e mais uma vez a união bicolor mostrou a sua força, na noite
anterior, o analista de desempenhos bicolor Cadu Furtado fez todo um trabalho
analisando as cobranças de pênaltis dos jogadores do Remo e enviou para Emerson
que junto com Marcão estudou pela noite, assim os dois goleiros estavam
preparados para a decisão, e isso ficou nítido, pois Marcão defendeu duas
cobranças e acertou o lado da outra quase defendendo, enquanto os jogadores
alvicelestes todos bem preparados cobraram com maestria, sagrando o Paysandu
Sport Club Campeão do primeiro turno do Paraense.
Goleiro Marcão defendendo pênalti de Ciro. Foto: Fernando Torres |
Portanto, o
que podemos ver é que hoje, o Paysandu com toda sua estrutura, organização e
gestão bem feita, faz com que o ambiente de trabalho seja o mais harmonioso
possível, possibilitando a união de diretoria, elenco e torcida, todos
envolvidos na meta bicolor, união essa que é de suma importância, pois as
grandes conquistas não são formadas por apenas os 11 em campo, vão do roupeiro,
a nutricionista, do lavador ao analista de desempenho, do goleiro titular ao 3º
goleiro, do presidente ao atacante que vem da Base, com muita humildade todos
estão unidos em prol de um Paysandu cada vez mais forte, sem individualidades,
como fora em outros tempos de grandes glórias. O dono do jogo foi o conjunto
bicolor.
Estamos
voltando cada vez mais forte!
"Aonde for vou te apoiar"
Eduardo Maya
@EduMaya7
0 Comentários