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Aquecimento Olímpico: Os dois lados do basquete brasileiro


O basquete é um dos esportes que mais conquistou admiradores ao redor do mundo nos últimos anos. Com o aumento das transmissões da NBA no Brasil e o desenvolvimento do NBB, é comum que a modalidade seja assunto cada vez mais frenquente por aqui. Recentemente o país tem tido um aumento considerável no investimento na liga nacional, o que ajuda e muito a melhora na qualidade das partidas. Porém, um velho problema ainda assombra as atletas profissionais.

É indiscutível que o esporte hoje não é apenas mais um no quadro de medalhas de competições internacionais. Graças a criação da Liga Nacional de Basquete em 2008, o Novo Basquete Brasil assumiu o posto de Campeonato Brasileiro do esporte e hoje é um grande sucesso. Antes do início do torneio, grandes nomes que atualmente estão na NBA, como Anderson Varejão, Tiago Splitter, Nenê e Marcelinho Huertas, deixaram o país exatamente pela falta de uma liga realmente profissional.

Entretanto, os últimos anos têm sido gloriosos para o basquete, já que o NBB atrai torcedores, patrocinadores, renda e grandes partidas. Além de ótimas equipes e ótimos jogadores sendo revelados a cada ano, a liga já conseguiu alcançar um patamar importante graças a organização do campeonato. Com isso, além de participações na Liga das Américas, levando dois títulos, os times conseguiram inclusive chamar atenção da NBA, quem vem realizando jogos no Brasil e fazendo "intercâmbios" fora daqui nos últimos dois anos.



Assim como em outras modalidades, o esporte feminino é o que mais sofre. Se por um lado o basquete masculino só cresce e tende a ficar cada vez mais popular, as mulheres continuam reféns de uma briga interminável entre a Liga de Basquete Feminino com a Confederação Brasileira de Basquete. Rivais não diretamente declaradas, as duas entidades não conseguem entrar em acordo sobre diversas questões envolvendo o desenvolvimento do campeonato nacional e a seleção, o que deixa as jogadoras no meio do fogo cruzado.

Para exemplificar o caos que se encontra o basquete feminino, a seleção fez um torneio amistoso como evento-teste para a Olimpíada nos últimos dias, mas antes mesmo dos treinamentos começarem sete atletas pediram dispensa alegando "motivos pessoais", mas isso tudo com apoio e até incentivo dos clubes e das próprias jogadoras, que se recusam a aceitar que a CBB controle a equipe.

Enquanto a NBB conta com quinze times que podem disputar jogos em alto nível e conseguem bons patrocinadores, a Liga feminina tem apenas seis clubes que ainda tentam se consolidar. O futuro do basquete masculino é promissor, já o do feminino é muito assustador.



Até o início da Olimpíada de 2016, muitas novidades serão ditas sobre o esporte. Boas ou ruins, é evidente que o basquete terá destaque pelo menos pelos próximos meses, já que é uma das modalidades com maior demanda de ingressos nos jogos. Esperamos que o Brasil nos surpreenda e deixe o tão esperado ouro em casa.

Mariana Sá || @imastargirl 

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