Muito mais de
olho na quarta-feira do que no jogo deste domingo, Marcelo Oliveira poupou
alguns titulares diante do fraco Capivariano - time que não é lanterna da
competição por mero acaso. Sem fazer muita força, o Palmeiras conseguiu vencer
bem e dar, enfim, um pouco de tranquilidade ao treinador alviverde.
Com Rafael
Marques e Allione nos lugares de Robinho e Gabriel Jesus, o Palmeiras conseguiu
trabalhar melhor a bola do que vinha fazendo nos últimos jogos. Com paciência e
girando bem a bola pelas laterais, não demorou para Lucas encontrar Cristaldo
na área. O argentino fez um ótimo pivô e deixou Allione na cara do gol para
abrir o placar logo aos 8 minutos.
Allione voltou a marcar neste domingo. (Foto: Globo Esporte) |
Ao contrário
de outras partidas, o Verdão tocava bem a bola e evitava ao máximo o tão
(justamente) criticado chutão - terminou com mais de 90% de aproveitamento no
quesito. É bem verdade que o adversário ajudava muito: ao contrário de outras
boas equipes do interior, o Capivariano não armava sequer um bom contra-ataque.
Mesmo assim, a
defesa alviverde voltou a falhar. Praticamente na única jogava armada pelo time
do interior - ainda que de forma bagunçada, com um zagueiro aparecendo para
cruzar-, Rodolfo recebeu absolutamente livre em outra falha incrível de
marcação do Egídio e empatou o jogo.
A desatenção
palmeirense, já comum nos jogos desse ano, podia ter custado caro. No lance
seguinte outra boa chance desperdiçada de maneira bizarra pelos visitantes. O
gol e esse ataque foram tudo que o Capivariano conseguiu fazer ao longo dos noventa
minutos.
Thiago Martins deu sorte, mas marcou em seu quinto jogo pelo Verdão. (Foto: Lancenet) |
Ao contrário
de outras partidas, o Verdão não sentiu o gol e seguiu trabalhando bem a bola.
Cristaldo deu uma movimentação muito melhor do que Alecsandro e as tabelas saíram.
Em uma dessas, o Palmeiras conseguiu uma falta para Egídio cruzar e encontrar
Thiago Martins que, no susto, empatou e fez maior justiça ao que acontecia em
campo.
O segundo
tempo foi praticamente um jogo-treino. Logo nos primeiros minutos, o
Capivariano bateu mal uma falta e gerou um contra-ataque em velocidade com Dudu
que fatalmente terminaria em gol, mas foi cortado com a mão pelo zagueiro e o
juiz marcou pênalti. Cristaldo bateu firme e marcou o terceiro.
Pouco depois,
Dudu fez outra jogada pelo meio e só foi parado com falta, gerando a expulsão
do zagueiro adversário. Ficou ainda mais fácil para tocar a bola e deixar o
tempo passar. Já pensando no Nacional, do Uruguai, o Palmeiras não forçou
muito. Mesmo assim, ainda deu tempo para algumas jogadas de efeito do Dudu e de
marcar o quarto gol com Alecsandro em outra boa jogada do camisa 7 do
Palmeiras.
Cristaldo voltou a marcar. Ganha moral e a vaga de titular para quarta-feira. (Foto: Futebol Interior) |
A exibição
segura ajuda a dar mais confiança para o duelo de quarta-feira pela
Libertadores, ainda que contra um adversário praticamente inexistente e que
ocupa com mérito (ou demérito) a lanterna da competição. Marcelo, ainda
inseguro no cargo, perdeu a chance de somar pontos com a torcida e colocar
Gabriel no jogo que voltava de lesão. Se a equipe realmente evoluiu, saberemos
apenas na quarta-feira.
PONTO TÁTICO: Muito dos problemas
do Palmeiras em manter a posse de bola nos jogos passam pelo meio-campo. Jean e
Robinho apresentam dificuldades em trabalhar com mais paciência. O jogo ajudou
hoje pela marcação ruim do Capivariano, mas é preciso criar mais alternativas
para evitar que os chutões voltem em um jogo mais difícil. Além disso, é
preciso alterar o esquema quando Egídio entra em campo. Ele não consegue marcar
e deixa espaços básicos nas suas costas.
O DESTAQUE: Com tantas
citações no texto, não tinha como deixar de ser Dudu. Com muitas jogadas
positivas, puxadas de contra-ataque, expulsão de adversário e um belo chapéu no
segundo tempo, ele foi decisivo para a construção do placar de 4x1. Allione
também merece menção honrosa.
BOLA MURCHA: Mesmo participando
do segundo gol alviverde, Egídio definitivamente não faz por merecer mais
chances como titular. Ele até se apresenta bem ao ataque, mas é muito
displicente nos cruzamentos. Além de errar no ataque, deixou os habituais
buracos atrás e foi culpado direto no gol de empate do Capivariano em uma falha
de marcação que beirou o ridículo.
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