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Lusa e Vitória não saem do zero no Canindé pela Copa do Brasil.

Foto: Dorival Rosa/Portuguesa
Portuguesa e Vitória empataram em 0x0 pela segunda fase da Copa do Brasil de 2016. A partida de volta será na próxima quinta feira 19 no Barradão às 21h45min. E caso termine novamente em 0x0 teremos decisão nas cobranças de pênalti. Qualquer outro empate a Lusa sai classificada de Salvador. O Leão terá que vencer o jogo para avançar.

RESUMO

A Lusa encarou a partida diante do Rubro Negro time da elite do Futebol Nacional com muita motivação e dedicação. Forma bastante peculiar em Copa do Brasil quando um clube de divisão inferior, enfrenta outro da primeira divisão. Ainda mais a Lusa, equipe tradicional do nosso futebol jogando dentro de seu belo estádio e também tradicional o Canindé.

Já prevíamos uma partida muito complicada para o Leão Baiano, que vinha de comemoração pela conquista do Campeonato Baiano. Mas não iremos colocar nem um por cento desse empate como a causa para um rendimento fraco do time de Mancini novamente.

O que percebemos nas ultima duas partidas e que se repetiu ontem, foi um time com padrão tático que involuiu e jogadores tecnicamente em declínio.

Mancini esta resistente a mudar a forma de jogar do Vitória durante as partidas. Ontem ele até solicitou marcação alta no 4-2-4, o que aliviou um pouco o ímpeto da Lusa, mas não esta causando tanto efeito positivo assim. O 4-2-1-3 de Vagner Mancini precisa de ajustes urgentes em varias fazes do jogo e recapitular para o entendimento dos atletas a sua proposta de jogo, pois parecem que sofreram amnésia. Vinha numa crescente tática, técnica e de conjunto bem notória.

A peça chave do 4-2-1-3 é o meia central, que precisa estar jogando em alto nível, ter características de termômetro e de liderança. E Mancini ainda não notou que não tem mais o Ramon e Leandro Domingues de 2008 e 2009.

TRANSIÇÃO DEFENSIVA LENTA

A transição defensiva que precisa ser iniciada de forma organizada e rápida quando se perde a bola, foi esquecida pelo Vitória nas ultimas três partidas. Até o jogo da Juazeirense no Barradão, marcávamos forte e com pressão pelos jogadores mais próximos da bola, enquanto os demais recuavam com velocidade para recompor setores.

O que esta sendo visto atualmente é o adversário respirando com a bola, sem sofrer pressão e jogadores voltando andando para compactar.

ESTILO DE MARCAÇÃO

Na marcação propriamente dita, voltou a existir cochilo de vários atletas e apenas os dois volantes e a primeira linha de defensa esta fazendo esse papel.

Quando Mancini solicita 4-2-4 e bloco alto, esta tentando remediar esse lapso de atenção e solidariedade deixado de lado pelo grupo nos últimos jogos.

Citamos como exemplo Leandro Domingues que foi um maior ladrão de bolas nas suas duas melhores partidas que fez. Hoje os atacantes e meia tentam marcar zona, mas sem a devida atenção e dedicação, Domingues já não tem a mesma inspiração. Esta faltando atitude pra comprar a briga nas estratégias que o 4-2-1-3 pede.

APROXIMAÇÃO

Os jogadores esqueceram o quanto foi importante melhorar a aproximação do time que penou em 2015. No campo os atletas ficam distante demais um dos outros dificultados a troca de passe, as infiltrações como surpresas no setor oposto, assim como triangulações e ultrapassagens na zona da bola.

PROFUNDIDADE

Outro erro bastante notado é o excesso de profundidade utilizada por todos os três atletas da frente, se tomarmos o Leicester como exemplo, veremos que apenas um atacante fazia as corridas sem bola visando criar profundidade para atrair o marcador e quebrar a primeira linha do adversário, enquanto os demais servia de opção de passe.

No Vitória, quando um vem ser opção de passe, para tabela e ou pivô, os demais tentam criar amplitude e esquecem-se das corridas em diagonais, chamado facão e perdem o momento certo da profundidade que serie esse.

Da mesma forma que quando um do ataque tenta avanços na vertical sem a bola visando profundidade, os demais também executam a mesma ação, deixando o portador sem opções de jogo e tendo que recuar a bola ou acabar perdendo por conta da forte pressão.

Vagner Mancini terá que ter um retrabalho para voltar a fixar na mente dos atletas esses e outros aspectos na forma de jogar dele, que sabemos que é de um jogo direto, mas que vai sofrer muito contra adversários mais qualificados.

O jogo direto requer cuidados, porque a bola volta ainda mais rápida, caso aconteça um desarme pelo oponente ou um vacilo de erro no passe. Fato que será comum ocorrer pelos eventos reditos.

Então, sem essa de ressaca ou outros motivos que não seja técnicos, táticos e dedicação.

Seja Sócio SMV!

É isso aí galera!

Por @AdsonPiedade

FICHA TÉCNICA
PORTUGUESA x VITÓRIA

Copa do Brasil - 2ª fase (1º Jogo)
Local: Estádio do Canindé, em São Paulo
Horário: 21h45
Data: 11/05/2016
Árbitro: Devarly Lira do Rosário (ES);
Auxiliares: Andréa Izaura Maffra Marcelcino de Sá (Asp. Fifa-RJ) e Thiago Rosa de Oliveira (RJ)

Cartões Amarelos: Caíque, Ferdinando e Bruno Mineiro; José Welison e Vander

Portuguesa: Luis Carlos, Digão (Caíque), Talis e Cesinha; Ferdinando, Boquita, Diego Gonçalves (Marcelo Labarthe) e Gustavo Tocantins; Caio Cezar e Bruno Mineiro (Bruno Nunes). Técnico: Anderson Beraldo

Vitória: Wallace, Zé Welison, Victor Ramos, Ramon e Diego Renan; Amaral, Marcelo e Tiago Real (Flávio); Vander (David), Alípio (Willian Henrique) e Kieza. Técnico: Vagner Mancini

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