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Maio: Uma oscilação indesejada

O mês de maio para o esmeraldino pode ser comparado a uma montanha-russa de emoções. Da glória do 26º título estadual a um preocupante início de campanha na Série B, os esmeraldinos ao assistirem os jogos de seu time sentiram todos os tipos de sentimentos possíveis. Porém o que mais preocupa ao torcedor é que, infelizmente, o sentimento que permaneceu nas arquibancadas foi o pior de todos: A insegurança.

O mês começou da melhor forma possível. Havíamos eliminado o Vila Nova na semifinal e entramos em maio embalados para a final contra o Anápolis e não teve outra, festa novamente nas arquibancadas do Serra Dourada ao ganharmos o título nos pênaltis e o Goiás campeão mais uma vez. A conquista serviu para amenizar o clima de insatisfação que havia se instalado na Serrinha com o péssimo planejamento tático apresentando pela equipe de Enderson Moreira, que já na segunda feira iniciava a preparação para o início da Série B contra o caçula Tupi.

O Goiás encerrava o seu campeonato de estadual com o título, mas não havia conquistado a confiança necessária do torcedor. Foto: globoesporte.com
Uma semana após o título, a bola rolava no estádio municipal de Juiz de Fora para nossa estreia. Em um jogo com nível técnico baixíssimo, o Goiás não conseguia furar com eficiência a defesa mineira (prova clara que o sistema de três volantes que Enderson impõe a seus jogadores não funciona), tanto o torcedor quanto os jogadores se viam cada vez mais apreensivos, correndo risco de entregar os três pontos. Eis que surgiu a estrela de Daniel Carvalho com um passe majestoso conseguindo deixar Cléo na cara do gol e, com um pouco de sorte, garantir três pontos para a equipe esmeraldina.

A vitória nos trouxe um pouco de esperança, confesso que pensava que finalmente com a volta de Daniel Carvalho tudo se encaixaria, mas no meio da semana para o desespero de toda uma torcida, ele se lesionou pela terceira vez consecutiva. A ausência dele foi visível contra o Londrina, mesmo em campo neutro, o time não conseguiu nada mais que um empate sem graça e por pouco não saiu com uma derrota.

Os problemas não pararam por aí, o próximo jogo era em Criciúma e todos nós já sabíamos que as previsões não eram boas... Dito e feito, 3x1 Criciúma em uma partida ridícula. Além de a equipe ter feito um péssimo jogo, logo em sua estreia Léo Lima se lesionou e juntou-se a Carlos, Juninho e Daniel Carvalho, a falta de elenco em condições de jogo definitivamente não nos trouxe boa sorte, aprofundada com a incapacidade do técnico em inovar taticamente.

Enderson Moreira além de persistir nos erros, não prestou atenção nas oportunidades que surgiram na sua frente. Com boas atuações de garotos da base como Léo Sena e Thales (este último nem recebeu chances como titular) o técnico insistia nas contratações que se provaram inúteis. A entrada de Wagner e Suelinton cessou a onda de ataques perigosos que o Goiás aplicava ao Brasil de Pelotas e sacramentou o empate amargo em Itumbiara na ultima sexta-feira (27/05), e a torcida agora clamava pela saída do técnico.

A derrota para o Ceará nesta terça-feira (31/05) carimbou a má fase da equipe, e pelo menos mostrou a Enderson que Thales merece uma chance. Durante um mês de altos e baixos (claramente com mais pontos negativos do que positivos) o time esmeraldino se encontra apenas duas posições acima da zona de rebaixamento para a Série C, com um elenco cheio de desfalques e um treinador ultrapassado. O que fica agora é uma série de perguntas sem resposta (e não são poucas) que cabe ao técnico e a diretoria responder. Dentre essas perguntas, uma se torna pertinente: Quando o Goiás começará a reagir e voltará a dar orgulho a sua torcida?

Artur Pinheiro || @arturpinheirom
Linha de Fundo || @SiteLF

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