O JOGO
O primeiro tempo foi bem equilibrado. Com problemas para escalar o time, o técnico Jair Ventura apostou nas improvisações para surpreender a equipe comandada por Mano Menezes. E conseguiu. O Alvinegro jogou de igual para igual e em nada lembrou aquele Botafogo que foi derrotado por 5 a 2 na Copa do Brasil. Os dois times criaram oportunidades e fizeram um duelo bem disputado, apesar do placar zerado na etapa inicial. Aos 15 minutos, por exemplo, Victor Luis arriscou chute de longe e a bola passou muito perto do gol. Excelente oportunidade. Aos 28', foi a vez do Cruzeiro levar perigo. Após bela troca de passes, Edimar cruzou rasteiro e, para sorte do goleiro Sidão, a bola passou por todo mundo até sair pela linha de fundo. Aos 36 minutos, de forma equivocada, o árbitro Rafael Traci marcou falta de Joel Carli sobre Arrascaeta. Não houve absolutamente nada. No minuto seguinte, Rafael Sobis bateu colocado, no ângulo, obrigando Sidão a espalmar. Aos 43', Bruno Rodrigo cabeceou com perigo. Segundos depois, Robinho foi acionado na área e tocou para Arrascaeta, que dominou e mandou de canhota. A resposta do Alvinegro veio no lance seguinte, em contra-ataque perigoso. Neilton recebeu a bola com liberdade dentro da área e chutou cruzado. O goleiro Rafael, no entanto, fez ótima defesa com os pés e evitou o gol. Aos 45', o primeiro tempo chegou ao fim. As melhores oportunidades foram, de fato, do Glorioso, que não facilitou a vida do Cruzeiro.
O Botafogo retornou para a etapa final com modificação. Sassá, no intervalo, foi substituído por Canales. Logo aos 7 minutos, a equipe mandante assustou. Arrascaeta cruzou da direita e buscou Ábila, que não alcançou a bola. Aos 18', Dudu Cearense deu bobeira e perdeu a bola, que chegou na área. Ábila passou por Joel Carli e chutou. Sidão defendeu e salvou o Glorioso. No minuto seguinte, Arrascaeta bateu colocado, no meio do gol e Sidão, mais uma vez, fez bela defesa. Aos 20 minutos, Victor Luis avançou pela esquerda e tocou para Canales, livre na área e bem posicionado. O chileno só teve o trabalho de mandar a bola para o fundo das redes e abrir o placar no Mineirão. O Alvinegro ampliou, mais precisamente aos 33 minutos. Após cruzamento de Victor Luis, Camilo pegou de primeira, sem deixar a bola cair e fez um golaço.
Camilo marcou no Mineirão e fez valer a lei do ex (Foto: Andre Yanckous/ AGIF/ Lancepress!) |
OBSERVAÇÕES
Camilo caiu que nem uma luva nesse time do Botafogo. Arrisco dizer que foi a melhor contratação do ano.
Jair Ventura foi extremamente inteligente. Ousou e deu solução aos vários desfalques do Botafogo ao improvisar jogadores.
Detalhe para a atuação segura da zaga, assim como de Sidão, que foi primordial para a vitória. Victor Luis merece destaque também, afinal, foi responsável pelos passes nos dois gols.
Confesso que não esperava uma reação tão boa do Alvinegro, que venceu seis dos últimos sete jogos no Campeonato Brasileiro.
A arbitragem esteve extremamente mal intencionada. Marcou faltas inexistentes contra o Botafogo (uma delas provocou o terceiro cartão de Joel Carli). Além disso, deu inexplicáveis cinco minutos de acréscimo, com o Cruzeiro pressionando.
FICHA DO JOGO
Cruzeiro 0
Rafael, Lucas, Manoel, Bruno Rodrigo, Edimar; Henrique, Ariel Cabral (Lucas Romero), Arrascaeta; Robinho (Willian), Rafael Sobis (Alisson), Ábila. Técnico: Mano Menezes.
Botafogo 2
Sidão, Emerson Santos, Joel Carli, Emerson Silva, Victor Luis (Gervasio Nuñez); Diogo Barbosa, Bruno Silva, Dudu Cearense, Camilo; Neilton (Rodrigo Pimpão), Sassá (Canales). Técnico: Jair Ventura.
Estádio: Mineirão (MG).
Árbitro: Rafael Traci (PR).
Assistentes: Bruno Boschilia (PR) e Luciano Roggenbaum (PR).
Gols: Canales (20' do 2º T); Camilo (33' do 2º T).
Cartões amarelos: Lucas Romero, Arrascaeta, Willian e Ábila (Cruzeiro); Joel Carli e Bruno Silva (Botafogo).
Público: 28.569.
Renda: R$ 700.430,00.
Por: Gabriel De Luca (@biel_dluca).
0 Comentários