Pressionado pela vitória do Flamengo, o Palmeiras foi até
Porto Alegre enfrentar o sempre encardido Grêmio, um dos melhores mandantes do
campeonato. Em uma tarde pouco inspirada, restou ao palmeirense se apegar ao
histórico positivo diante do rival: nos últimos doze jogos entre os times,
apenas duas derrotas.
Com Jean e Mina suspensos por cartão amarelo, o lado direito
da defesa palmeirense acabou sendo o principal foco de preocupação para o técnico
Cuca. Quando todos esperavam o deslocamento de Tchê Tchê para a lateral, o
treinador palmeirense optou por improvisar Gabriel. A decisão mostrou-se
acertada.
Apesar de nitidamente perdido na nova função, especialmente
no apoio, o volante conseguiu dar um suporte defensivo importante para um jogo
fora de casa, além de manter a sempre importante movimentação de Tchê Tchê no
meio-campo que, inclusive, esteve em um dia de baixa inspiração, errando muitos
passes.
No lugar de Gabriel no meio, entrou Thiago Santos. A opção
reforçou o poder de marcação e desarmes, quesitos nos quais Thiago é mestre,
porém prejudicou muito a saída de bola palmeirense. O resultado foi uma enorme
quantidade de passes errados e bolas longas que tornaram o Grêmio dono da posse
na primeira etapa.
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Edu Dracena disputa jogada contra Bolaños. (Foto: Globo Esporte) |
É bem verdade que foram raras as chances de gol para os dois
lados. O Palmeiras só chegou na bola parada e o Grêmio teve a melhor chance do
primeiro tempo quando Pedro Rocha saiu na cara do gol e Jailson, cada dia mais
seguro, salvou com uma grande defesa. O jogo truncado e de muito contato era o
que queria o Palmeiras para fazer o tempo passar.
Apesar de melhorar após o intervalo, o Verdão seguiu sem
incomodar por boa parte do segundo tempo. A bola era gremista novamente, mas as
chances de gol continuaram raras. A melhor delas veio em uma cobrança de falta
espetacular de Edilson para uma defesa ainda mais espetacular de Jailson,
salvando mais um vez o alviverde de levar o gol.
Com o passar do tempo, o Grêmio foi se jogando cada vez mais
ao ataque e deixando um campo aberto para contra-ataques. Mesmo em uma partida
muito abaixo da média, o Palmeiras poderia ter saído com a vitória caso
caprichasse um pouco mais nas duas chances que se apresentaram: Dudu mandou um
bonito voleio na trave e, pouco depois, Rafael Marques tentou tirar do goleiro
e viu Marcelo Grohe fazer ótima defesa.
O empate, porém, ficou de ótimo tamanho para o desempenho
palmeirense. O ponto conquistado devolveu a liderança isolada da competição com um
confronto direto diante do Flamengo na quarta-feira. Caso vença, esse ponto
pode ser muito comemorado: serão quatro de vantagem para o rival carioca e duas
rodadas a menos restando. De qualquer forma, vale lembrar, o campeonato não
acaba quarta-feira, independente do resultado.
O DESTAQUE: Novamente muito seguro, o Palmeiras só não saiu
derrotado de campo graças ao goleiro Jailson. A cada dia melhor e passando mais
confiança para o time e torcida, fez duas defesas espetaculares e salvou o
Verdão no sul.
BOLA MURCHA: Recebendo nova oportunidade de começar jogando,
Roger Guedes não fez uma grande partida. Em que pese a ausência de uma ajuda no
apoio pela direita, poderia ter sido mais participativo para desafogar o time nos momentos de
pressão. Acabou substituído no segundo tempo.
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