Certo ou não, Allegri segue mudando (foto: Sky.it) |
"Os números
pouco importam, mas sim a função exercida", Massimiliano Allegri é
daqueles treinadores que não se retém em mudar a formação tática da sua
Juventus de acordo com os adversários, suas visões e previsões para os jogos
que seguem na corrida da gigante de Turim em busca do sexto Scudetto, da tão
sonhada UEFA Champions League, além da Coppa e SuperCoppa Itália (esta a ser
definida ainda este ano), mas afinal, as variações táticas antes e durante os
jogos podem fazer, de fato, a Juventus sonhar com voos distantes na máxima das
competições do velho mundo?
A dúvida entre os torcedores é comum, seja em qualquer
grupo de qualquer nação do globo: Qual a melhor tática para a Juventus? A
pergunta recorrente que fica no ar segue sem respostas, até porque com a bola e
sem são visíveis as mudanças de posicionamento que fazem a defesa se
solidificar e permitir ainda as singularidades de jogadores de setores
diferentes.
Contra o Torino, a Juve exibiu o 4-3-3 com a bola,
atacando com Mandzukic se movimentando enquanto Higuaín permanecia fixo e
Cuadrado correndo pelo flanco direito, mas sem a bola era o 4-4-2 em linha, com
Sturaro fechando na esquerda e Cuadrado marcando Barreca que obteve boas
jogadas diante do colombiano. O gol da equipe granata, por exemplo, teve Iago e
Zappacosta marcados por Alex Sandro e Sturaro, mas Baselli avançou onde
Marchisio não cobriu desde a origem e permitiu o cruzamento preciso para
Belotti.
Diante da Atalanta, no jogo anterior, o 4-3-1-2 foi
destaque com Pjanic livre para criar e flutuar como meia de ligação atrás dos
dois atacantes, o dito trequartista, enquanto Sturaro cobria o lado canhoto
quando Alex Sandro fazia das suas e a movimentação ofensiva do jogador que
tecnicamente é a quem do padrão no elenco, fez o suficiente para abrir espaço
para o gol do brasileiro (mantendo seu crescimento e cada vez mais essencial
para a Juve).
Durante grande parte da temporada, muitas vezes foi
visto o 3-5-2 padrão, vimos também o 3-4-1-2 com Pjanic mais solto, mas
defensivamente era sofrível e a movimentação ofensiva também não agradou em
alguns jogos apesar dos números bons de gols e assistências na temporada para o
bósnio. Uma das variações usadas foi o 3-5-2 com Evra ou Lichtsteiner como um
dos zagueiros, permitindo que o módulo alternasse para o 4-4-2/4-3-3 quando com
a bola, dependendo dos demais escalados.
A verdade é que não se tem uma resposta, vai depender
e muito do adversário e dos jogadores a disposição. No início da temporada se
pensava no 3-5-2 com Buffon; Barzagli, Bonucci, Chiellini; Dani Alves, Khedira,
Marchisio, Pjanic, Alex Sandro; Dybala e Higuain. Este time ainda não jogou
junto, talvez nem treinado juntos por conta das lesões ocorridas, o que deixa
qualquer previsão em caráter de dúvida. Isso pode ser bom para a Juve, pois ser
imprevisível na forma de jogar é interessante, mas não se encontrar por conta
das escolhas de Allegri é um risco que parece ser calculado pelo treinador e
seus comandados que seguem firmes e fortes em busca de todas as taças a
disputar.
Enfim, o fato é que Allegri seguirá mudando e o campo
dará o seu veredito, como sempre o fez, se as mudanças são justas ou não com o
melhor rendimento da equipe que evolui pouco a pouco.
A Juventus vencendo ou não as respostas virão e com
ele as cobranças.
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