Jogos importantes têm o seu charme, e na Copa do
Brasil não é diferente. Na noite de ontem (13) o Goiás conseguiu uma importantíssima
(e suada) virada diante o Fluminense e venceu o primeiro capítulo da guerra
contra os cariocas. Um jogo que acordou o torcedor esmeraldino para a
realidade, e que precisamos ajustar pequenos detalhes se quisermos seguir
firmes e dar a 2017 um final feliz com uma boa campanha na Copa do Brasil e na
Série B.
Mesmo o jogo sendo em véspera de feriado, a torcida abraçou o time e fez a festa, tanto dentro como fora das arquibancadas, essa foi a recepção do ônibus. Foto: Goiás Esporte Clube |
Disse a você leitor que a torcida acordou pra
realidade em diversos sentidos. Primeiramente quero deixar claro aqui a minha
total insatisfação (desde o jogo
contra o Anápolis, confira clicando aqui) com a permanência de Carlos Eduardo
no time titular, um garoto totalmente despreparado que demonstra um nervosismo
absurdo e a falta de técnica é tanta que ele tropeça em suas próprias pernas.
CHEGA! NÃO DÁ MAIS!
Carlos
necessita de muito, mas muito treinamento e tomar um forte "chá de
banco" pra ver que precisa melhorar em fundamentos básicos do futebol.
Michael com apenas 45 minutos em campo se mostrou muito mais preparado para
entrar na titularidade desse time. E deixo bem claro aqui, que caso o
Fluminense elimine o Goiás na próxima quarta, a culpa é toda do Carlos que
perdeu o que poderia ter sido o 3º gol esmeraldino após cruzamento de Michael,
e ainda conseguiu ser expulso no lance seguinte. Parabéns pela sua
incompetência dentro de campo Carlos, sua ausência vai fortalecer o time no
jogo de volta!
Carlos ontem deixou claro que merece ser reserva. Foto: Goiás Esporte Clube |
Voltando para o jogo, ficou claro ontem que nosso
elenco ainda precisa de peças, ainda temos carência de bons laterais, Helder se
mostra um jogador com bastante dedicação dentro de campo, mas não passa de um
lateral mediano (por isso defendo a permanência dele como reserva) e Jefferson
demorou pra se encontrar na partida. Enquanto Jefferson "acordava"
Wellington Silva aproveitou o vacilo de sua marcação, e costurou a defesa
esmeraldina pra achar Marcos Júnior livre na esquerda, ele não costuma errar e
ontem não foi diferente, um chute sem chances pra Rangel e alegria dos
tricolores calava o Serra Dourada no início do jogo.
Gol fora de
casa é um erro que ninguém gosta de cometer, custa caro e é um balde de água
fria. Só que no caso do nosso time, esse balde não veio pra esfriar a partida e
sim para acordar os jogadores. Só a partir dos 10 minutos do 1º tempo que o
Goiás conseguiu acertar a marcação e começou a tocar a bola e era claro que a
ausência de um meia armador no time estava atrapalhando, Léo Sena tem grande
qualidade e visão de jogo mas não consegue cumprir a missão de armar todas as
jogadas do time, as vezes ele "some" entre as linhas de marcação, e
acaba perdendo a bola. Mesmo com um a mais em campo a melhor chance que
obtivemos no primeiro tempo foi o chute de longa distância de Tiago Luís.
O primeiro tempo se encerrava com o Goiás atrás do placar. Foto: Goiás Esporte Clube |
O segundo tempo veio com a estreia do jovem Michael, e
que estreia! O baixinho causou muitos problemas pra defesa carioca e mostrou
que veio pra brigar por titularidade, sua força de vontade, velocidade e
habilidade pra driblar resultaram em um gol anulado (mas que foi um belo gol) e
deram uma boa primeira impressão ao torcedor goiano que gostou do que viu. O
Fluminense recuava a espera de um contra ataque e agora vem à outra parte que
ficou visível ao torcedor ontem: A qualidade de nosso elenco.
Furar uma
retranca é complicado? Sim, claro que é, mas os jogadores mesmo assim cometiam
erros bobos (alguns passes errados, finalizações pra fora) que demonstram que
ainda faltam um pouco de qualidade ao time. Mas não é nada que seja tão
desesperador, pois temos sim dois ''camisas 10'' no banco (Juan e Jean Carlos)
e ontem o técnico demorou em perceber que o time precisava de um armador e de
um jogador que tenha qualidade no passe para levantar a bola na área. Era isso
que Jean fazia ao entrar no jogo, buscava receber a bola nas laterais da
intermediária e alçava na área tentando encontrar Léo Gamalho e Aylon.
Jean ontem fez a diferença, tanto empatando a partida como sendo o armador que o time precisava desde o início do jogo. Foto:Goiás Esporte Clube |
A zaga do Fluminense estava bem postada, e quando
parecia que nada adiantava veio um chutaço de Jean que lá da intermediária
achou o ângulo de Júlio César, a bola ainda caprichosamente bateu na trave
antes de entrar, e o Goiás finalmente empatava a partida e tirava da garganta o
grito de gol. Após esse chute, o Fluminense abdicou da partida, e o Goiás
chegou novamente ao ataque com Michael, que ao cruzar a bola dentro da área
encontrou Aylon. O que aconteceu nesse lance gerou extrema polêmica, mas em um
esporte que é envolvido por malandragem em diversos sentidos, a simulação de
Aylon e sua sinceridade ao confessar só se tornam um simples caso dos diversos
erros de arbitragem que temos aqui no Brasil.
Gamalho que
não tinha nada a ver com a situação virou o jogo para nós. Não defendo a
simulação de Aylon, mas não acho ruim o que aconteceu, justo o Goiás que por
incontáveis vezes se viu prejudicado contra times do eixo Rio-SP e arbitragens extremamente
tendenciosas, é de se estranhar que dessa vez o erro tenha sido ao nosso favor.
Resta a nós torcedores esperar por uma melhorar quase utópica de nossos
árbitros, enquanto isso vamos conviver com erros e mais erros por aí, quem é
prejudicado reclama demais, e quem é favorecido se cala até a situação se
inverter e ele ser prejudicado... Enquanto isso ninguém faz nada para tentar
melhorar o nosso futebol. Ontem saímos com a vitória, e agora podemos sonhar
com a vaga.
Se ajustarmos pequenos ajustes, esse time pode sim fazer história. Foto: Goiás Esporte Clube |
Resumindo, nós esmeraldinos temos que comemorar e
muito. Batemos no melhor ataque da Série A e ganhamos de um time que até então
estavam invictos em 2017 (a formação titular de Abel Braga, no caso). O Goiás
está correndo atrás de reforços ao longo do ano, creio que Jean pode sim ser
nosso camisa 10, e que Juan pode se reabilitar e voltar com seu bom futebol,
são apenas pequenos ajustes que vão nos garantir um 2017 cheio de alegrias.
Para a partida de volta, o Fluminense perde cinco titulares (Cavalieri, Renato
Chaves, Scarpa, Marcos Júnior e Henrique Dourado) e me resta fazer uma pergunta
a você torcedor esmeraldino: VOCÊ
ACREDITA?
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