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Flamengo mantém a sina da pontaria e tropeça em Curitiba

Parece uma cópia da matéria do jogo contra a Universidad Católica, mas não é. O Flamengo parece não ter afiado a pontaria em jogos fora de casa na Libertadores até hoje. É incrível o fato de o time se mostrar maduro o suficiente para ser melhor que o time chileno (no Chile) e melhor ainda que o Atlético-PR em Curitiba, mas não ser competente o suficiente para acertar o gol, é aquela história que nunca falha no mundo da bola: Quem não faz, toma.

A partida válida pela rodada quatro do Grupo 4 da Libertadores já tinha começado na segunda-feira quando a torcida fez uma linda festa para se despedir da equipe que viajava rumo a Curitiba e que tinha como objetivo somar, no mínimo, um ponto para ficar a um passo da classificação para as Oitavas de Final do torneio. Na terça-feira, San Lorenzo x Universidad Católica se enfrentaram em Buenos Aires e a vitória do abençoado San Lorenzo facilitou a vida dos brasileiros que se enfrentariam no dia seguinte na Arena da Baixada.

O Flamengo já vive uma sina há muito tempo de sempre se complicar em torneios continentais quando o assunto é "depender de si mesmo", e isso vem há muito tempo (que eu me lembre desde o trágico jogo contra o América-MEX no Maracanã, em 2008). Emelec, León, Palestino, esses são recentes vexames que o Mais Querido passou quando dependia apenas de si, coisa que acontece agora por essa edição da Libertadores.

O empate era ótimo, liderança mantida, confiança alta para enfrentar a Universidad Católica no Rio na próxima quarta, uma vitória para se classificar. O Flamengo tinha tudo para sair de Curitiba muito bem encaminhado para as oitavas de final da Libertadores 2017, porém mais uma vez faltou a pontaria em dia.

Gabriel foi a maior vítima das críticas da torcida após o jogo. Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
O caldeirão atleticano pouco amedrontou os Rubro-Negros (tanto no campo quanto na arquibancada), o gramado sintético atrapalhou muito pouco a troca de passe rápida do time do Flamengo. Parecia que tudo ia correr bem na Arena da Baixada, o time jogava bem, se impunha em campo, era melhor até que o Atlético, porém faltou um mísero detalhe que é imprescindível no futebol, o gol. Tal fundamento não faltou do outro lado do campo, Thiago Heleno subiu mais que a defesa e tocou de cabeça para o meio da área, a bola pegou a direção do gol e contou com uma falha do goleiro Muralha para deixar o Furacão na frente.

Antes e depois do gol era uma enxurrada de gols perdidos. Rômulo, Guerrero, Arão, Damião, Gabriel, todos tiveram claras chances de (dependendo do momento) abrir o placar ou empatar o jogo. O filme de Santiago parecia se repetir.

O time do Atlético passou longe de jogar bonito, mas foi eficiente o bastante para fazer o 2° gol em um contra-ataque e praticamente matar o jogo. Aos 45' Arão ainda diminuiria para o Fla, porém o econômico juiz deu apenas +3 de acréscimo e complicou o time carioca.

O próximo desafio do Flamengo pela Libertadores será na próxima quarta-feira, no Maracanã (que estará abarrotado e pulsante) contra a Universidad Católica. Uma vitória e o empate (ou vitória do Furacão) entre Atlético-PR e San Lorenzo classificaram os dois brasileiros do grupo.

Sem baixar a cabeça, domingo temos uma final pela frente contra o Fluminense e quarta-feira é dia do Maracanã reviver seus tempos de glória. Tudo vai se acertar, afinal, isso aqui é FLAMENGO.

Por: Matheus Subtil
Twitter: @matheusubtil 

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