Foto do jogo: alegria após voltar ao caminho das vitórias (Foto: Ian McNicol) |
Estamos cercados por uma nuvem negra que persistia em
assombrar as nossas paisagens. Sem vencer fora de casa desde a 21ª rodada e
vindo de uma derrota vergonhosa contra o Crystal Palace, tivemos o
Middlesbrough pela frente nessa segunda (17), no (muito bonito) Riverside
Stadium, e a vitória era a única solução para abafar alguns de nossos (muitos)
problemas.
Mas para conseguirmos nos livrar dessa nuvem chata que
nos rondava, precisávamos passar por algumas mudanças. O que acabou acontecendo
de muitas maneiras no jogo desta segunda. Na primeira, vimos uma nova formação
na equipe, dessa vez com três zagueiros. Bellerin foi sacado do time e o
promissor Rob Holding entrou para reforçar a parte defensiva. Desde 1997 que
não víamos um esquema com três defensores a frente de nosso goleiro.
No começo, vimos alguns problemas: A falta de
entrosamento e de posicionamento era notável, já que os nossos defensores não
estavam acostumados a jogar nesse esquema. Então, no primeiro tempo vimos o
Arsenal tendo alguns problemas com a defesa e com a saída de bola no meio de
campo, o que nos rendeu poucos ataques e um Boro chegando mais ao ataque.
A perfeita falta do "El Niño Maravilla" (Foto: Jan Kruger) |
Pela nossa sorte, temos um jogador espetacular como
Alexis Sanchez. Já no final da primeira etapa, Xhaka sofreu falta na entrada da
área e o chileno cobrou de uma maneira perfeita: Brad Guzan não teve nem
reação.
Em minha opinião, achei um placar injusto por conta do
que os dois times criaram. Logo com cinco minutos do segundo tempo, essa conta
seria paga, já que Downing conseguiu um cruzamento perfeito para Negredo,
empatando a partida.
O gol animou o time da casa. Em lances seguintes, o
time teve claras chances de gol com Downing, que chutou para fora, e Ayala, que
parou em grande defesa de Cech. Depois de sustos, chegamos à segunda mudança do
dia. O time pareceu ter passado por um choque de realidade e passou a colocar a
bola no chão - muito também por Ramsey e Özil começarem a jogar, o que foi
essencial.
Aos 26 minutos, Alexis conseguiu um bom cruzamento
para Ramsey, que deu um inteligente e bonito toque de peito para o alemão
chegar batendo de perna direita, desempatando o jogo. Finalmente, chegamos à
terceira mudança: como deu gosto ver o nosso alemão jogar hoje. Além de jogar
com a alma, ajudando na marcação e vibrando com o coração, ele se mostrou
atento e jogou muita bola, mostrando um Özil que a gente se acostumou a ver
antigamente e esperamos que vire rotina novamente.
O gol de Özil (Foto: Getty Images Europe) |
A quarta mudança é algo que ainda não aconteceu, mas
que eu gostaria muito que se tornasse realidade. Calma, não quero entrar em
méritos de Wenger. Apesar de achar válida a formação com três zagueiros e
concordar que ela possibilitou Ramsey e Özil a jogarem melhor, não acho que é
ideal arriscar um esquema novo a essa altura do campeonato. Se na pré-temporada
ou na próxima temporada, o time poderia evoluir com esse esquema e eu acharia
uma opção viável. Mas agora não, nem pensar.
Ah, todos os caminhos nos levam à Wembley. Nosso
próximo jogo é contra o Manchester City, pela semifinal da FA Cup. Come On You
Gunners!
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