Hoje, depois de tanta luta, demos adeus à nossa
primeira ambição de 2017, o Campeonato Paulista. Diante da Ponte Preta no
Allianz Parque lotado, vimos uma defesa Pontepretana muito compacta e o
resultado do primeiro jogo pesarem muito. Dos três gols que necessitávamos para
reverter à vantagem do jogo de ida, conseguimos apenas um.
Para que pudéssemos buscar os três gols, era preciso
um time ofensivo, então Eduardo Baptista optou por começar o jogo com Prass;
Jean, Mina, Edu Dracena e Egídio; Felipe Melo, Tchê Tchê e Guerra; Roger
Guedes, Borja e Dudu. Todavia, optou por dispô-los de forma diferente do
habitual, com Felipe Melo como zagueiro pela esquerda formando a linha de três
com Mina e Dracena, deixou os laterais como alas com total liberdade para
apoiar, Tchê Tchê e Guerra compondo o meio, Dudu e Roger abertos pelas laterais
e Borja centralizado.
Os visitantes deixaram claro que desde o começo a
única intenção deles era se defender e no máximo, tentar aproveitar um ou outro
contra-ataque.
Com quase que todos os onze jogadores do time de
Campinas no campo defesa durante todo o jogo, atacar pelo meio do campo ficava
quase impossível. A solução foi explorar as pontas, mas sempre, sem sucesso. O
jogo ditado facilmente, mas as chances reais tardavam a aparecer, e quando
apareciam, não finalizamos bem.
O grito de gol até saiu, é verdade, mas o bandeira
corretamente enxergou Dudu adiantado e anulou o gol do camisa 7. Nas duas
melhores chances que tivemos na primeira etapa, Borja parou no travessão e
Guerra, em Aranha.
Terminamos o primeiro tempo com o placar zerado, mas
com a torcida apoiando a todo instante.
No segundo tempo, voltamos a campo da mesma forma, com
a bola e pressionando constantemente.
O relógio, um dos nossos maiores inimigos hoje,
infelizmente jogou contra. O tempo passava e os gols não saíam. As entradas de
Michel Bastos, William e Keno para os lugares de Tchê Tchê, Borja e Egídio,
respectivamente, não foram efetivas como o esperado e nosso primeiro e único
gol no jogo aconteceu só aos 38’ da segunda etapa, quando Aranha deixou passar uma
bola levantada em escanteio e a mesma somente encostou-se a Felipe Melo antes
de morrer no fundo das redes.
Nos minutos finais, o time de Eduardo Baptista ainda
tentou uma última pressão, mas nada foi realmente efetivo. Ainda nos
acréscimos, a Ponte teve a chance de empatar o jogo, mas Fernando Prass cresceu
pra cima de Pottker e de forma espetacular, salvou a meta palmeirense.
Durante os 90 minutos, tivermos também algumas
reclamações de pênalti para o time do Palmeiras, mais precisamente quatro, no
entanto nenhum foi assinalado pelo árbitro Raphael Claus. Não que isso tire o
mérito da Ponte Preta, que soube muito bem administrar sua vantagem, mas o
resultado poderia ter sido outro caso qualquer um dos quatro pênaltis fosse
marcado…
Como já dito, o sonho do Paulistão acabou
diferentemente de como gostaríamos, mas está eliminação pode servir como lição
para o time para o resto de 2017, que de forma alguma podemos vacilar,
principalmente da forma que aconteceu no jogo de ida em Campinas. Uma única
atuação apática do time pode resultar no fim de todo um projeto, então que
sirva de exemplo para as competições maiores, especialmente a Libertadores.
Hoje não desliguei a TV completamente desapontado,
pelo contrário. Fiquei esperançoso, nossas atuações durante todo o campeonato
mostraram que ainda podemos chegar muito longe em 2017 e não será uma
eliminação no Campeonato Paulista que manchará isso. E antes me dizer o
famigerado "empolgou", fique sabendo que sei que o time não é uma
máquina de vencer e jogar bonito, ainda temos muita coisa a melhorar, mas
também sei que potencial nós temos, e muito.
O próximo compromisso do Palmeiras acontecerá na
quarta-feira (26), quando enfrentaremos o Peñarol no Uruguai, em jogo válido
pela Copa Libertadores. E assim o sonho segue, Avanti!
Por: Matheus Moraes - Twitter: @mathmoraees
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