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Pós-jogo: Getafe 2×1 Real Sociedad – Punição para um time covarde

Gostaria de ressaltar o único ponto realmente positivo do time nesse jogo. Januzaj não deveria jamais ter sido substituído (Foto: OLGA MALTSEVA – AFP)

Neste domingo fomos punidos pelo valente Getafe por 2 a 1 no Coliseum Alfonso Pérez. Após abrirmos o placar com Oyarzabal aos 6 minutos em uma excelente assistência de Januzaj (melhor em campo do nosso time sobrando no jogo), esmorecemos e não resistimos ao ímpeto do rival, que virou com Ángel, aos 78 minutos, e Molina, batendo pênalti, aos 85 minutos.
Com esse resultado, permanecemos na 9ª colocação e mais distantes das posições europeias. Já o Getafe saiu do limbo para a 10ª colocação, a apenas um mísero ponto de nós, no meio do pelotão de meio de tabela onde estamos nos enfiando cada vez mais.
Enfrentando um time de meio campo rústico, aproveitamos um pouco inspirado Fajr para tomarmos conta deste setor no primeiro tempo construindo, e mantendo, um tranquilo 1 a 0, graças a uma bela atuação do belga Januzaj.
Foi na segunda etapa, com a troca feita por Pepe Bordalás tirando Fajr por Ángel, em seguida a de Eusebio colocando Vela e inexplicavelmente tirando o então melhor em campo, Januzaj, que o Getafe começou a nos colocar nas cordas. E o nosso time sentiu. Não apenas taticamente, com a dificuldade de lidar agora com um ataque desenhado em um 4-3-3 após a entrada do interior Portillo no lugar de Álvaro Jiménez, mas claro, psicologicamente.
Zubeldia ainda parece crú para fazer a essencial tarefa de Illarramendi (suspenso no jogo de hoje) de não apenas destruir, mas principalmente construir jogadas. Pardo, que entrou no lugar de Canales, está cada vez mais distante do prodígio que foi nos belos anos de 2012 e 2013, onde ele foi até mesmo cotado a se juntar ao então recém chegado Illarramendi, que explodiu em momento semelhante ao talentoso camisa 14 no nosso time. Atualmente, após lesões e um empréstimo ao Bétis, ele é sombra do que prometia ser. E olha que dessa vez Eusebio nem o colocou como pivot, como costuma equivocadamente fazer. Sem minutos e ritmo de jogo, é lamentável ver Pardo tentar jogar bola, e dizer isso é uma imensa tristeza para mim.
Por fim, vieram os gols. Em duas jogadas de lançamento que nosso frágil sistema defensivo ou assistiu a infiltração fatal de Ángel, ou parou o mesmo elemento no pênalti, batido por Molina com a eficiência na qual ele já é conhecido na marca da cal nos seus longos anos no futebol espanhol.
Um time de brio, que soube se reinventar taticamente e se auto-motivar à partir da nossa covardia. Não poderia esperar outra coisa de um time com Markel Bergara em campo, inclusive. Quanto a nós, um amontoado de talento vazio que parece à deriva, sem saber como e quando chegar a algum lugar melhor.
FICHA TÉCNICA:
Getafe CF: (4-4-2) Guaita; Damián, Djene, Cala e Antunes; Álvaro (Portillo, min.69), Bergara, Arambarri (S. Mora, min.69) e Fajr (Ángel, min.57); Amath e Molina (cap).
Real Sociedad: (4-3-3) Rulli; Odriozola, Llorente (Aritz, min.68), Iñigo e De la Bella; Zubeldia, Prieto (cap) e Canales (R. Pardo, min.77); Oyarzabal, Januzaj (Carlos V., min.59) e Willian José
Gols: 0-1: Oyarzabal, min.5. 1-1: Ángel, min.78; 2-1: Molina (p), min. 85.
Árbitro: Sánchez Martínez. Amarelo para Djene, Damián e Antunes do Getafe, e De la Bella e Rulli da Real Sociedad
Principais lances da partida: https://youtu.be/NB3-DijMbH4


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