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ESTE CAMPEONATO NÃO DEVERIA ESTAR ACONTECENDO.
O Flamengo entrou em campo para
enfrentar o Ceará ontem no Castelão pela 10ª rodada do Brasileirão. Se na
temporada passada o estádio foi palco do gol mais bonito do ano, marcado por
Arrascaeta, e marcou a chegada do time a liderança do campeonato, 2020 não nos
trouxe a mesma sorte.
O próprio uruguaio não foi a
campo, poupado pela comissão técnica. O mesmo aconteceu com Filipe Luis.
Voltando de inatividade devido a ter contraído COVID-19, Cesar também retornou
a meta do mais querido, talvez com o objetivo de dar ritmo ao camisa 37 para o
jogo de quinta feira, pela Libertadores. Mantendo seu esquema de rodizio, Dome
levou a campo sem outra peça importante, Rodrigo Caio, e apostou em dois pontas
abertos, Vitinho e Michael.
Não deu certo. Se a ideia era
abrir o campo e confiar no poder drible dos jogadores de velocidade, a
estratégia se mostrou bastante ineficaz desde cedo. O time nunca conseguiu
exatamente sair da pressão na saída de bola imposta pelo Ceará. Foram inúmeras
vezes em que os zagueiros se viam obrigado apelar para chutões.
Foto: Alexandre Vidal/Twitter Oficial do Flamengo
No meio de campo Arão e Thiago
Maia até que tentaram, mas não foram efetivos como em outros momentos, ficando
bastante distantes de Everton Ribeiro e dos três jogadores de frente. Quando a bola
conseguia chegar ao ataque, principalmente pelo lado esquerdo, o que se via era
Vitinho entregando para Everton, com raras opções de passe mais pelo meio, que
virava a bola para Michael, até ela chegar em Isla, que buscava o cruzamento na
área. Tudo isso em ritmo bastante lento, dando todo tempo para a defesa do
vozão se arrumar.
E diferente de outros jogos no
campeonato, quando a individualidade aparecia diante da falta do coletivo,
vários jogadores do Flamengo ficaram muito abaixo do que costumam apresentar.
Destaco aqui Everton Ribeiro e Thiago Maia. Gabigol foi outro que teve
participação discreta no jogo, e quando apareceu, perdeu duas boas chances de
colocar o Flamengo em vantagem ainda no primeiro tempo.
Nos dois lados da bola, duas
duplas vem mantendo sua regularidade nas atuações, infelizmente de forma negativa.
Vitinho e Michael na frente seguem sem ser minimamente produtivos, em especial
o primeiro, sempre tomando as decisões erradas e mostrando uma total falta de
confiança em sua melhor habilidade: o drible. Na defesa, o calcanhar de Aquiles
do time desde a chegada do catalão, Gustavo Henrique e Leo Pereira mostram em
atuações o motivo da necessidade de Rodrigo Caio jogar até se tiver de cadeira
de rodas. São 13 gols sofridos em 10 jogos e a quarta pior defesa do Brasileirão.
Oscilações dentro de um
campeonato com 38 rodadas vão acontecer e são absolutamente normais, mas na
quinta tem jogo de Libertadores, contra o melhor adversário do grupo, fora de
casa, na altitude. Numa competição que permite bem menos erros, o Flamengo
precisa de consistência e diminuir a taxa de erros ao mínimo.
No mais
Saudações rubro negras!
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