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O Goiás realmente não tem mais solução

Foto: Divulgação/GEC

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Há alguns dias, classifiquei os jogos do Goiás como filmes da sessão da tarde. Na noite desta 6ª feira (16), contra o Bahia pela Série A, as coisas não foram diferentes.

E já que estou comparando as atuações esmeraldinas com obras cinematográficas repetidas, o longa-metragem exibido desta vez foi o clássico 'Duro de Matar', de 1988, estrelado por Bruce Willis.

Entretanto, o nome mais adequado para o jogo entre o Verdão e o Tricolor baiano seria 'Duro de Assistir'.

Sem dúvida nenhuma, foi uma das piores partidas que já assisti na vida. Parte disso se deve ao lateral Caju.

Mais do mesmo

Mais uma vez o time saiu na frente, recuou, falhou defensivamente e deixou escapar pontos importantes na luta contra o rebaixamento.

Pouco antes da bola rolar, o técnico Enderson Moreira disse em entrevista que a equipe tem evoluído e que olhar apenas para o resultado é uma análise vazia.

"O que eu acho importante é que a equipe tem crescido em termos de atuação. Precisamos ganhar pontos e ter sequência no torneio", comentou.

Primeiramente, discordo desse crescimento. O Goiás oscila muito e não consegue um padrão de jogo para demonstrar essa evolução, principalmente no sistema defensivo, que falha constantemente.

Tanto que neste jogo o time começou comandando as ações, mas com 15 minutos já não tinha o domínio.

Já com a vantagem no placar e em campo, o time se retraiu e permitiu o empate do adversário.

Segundo que o Verdão não pode se dar ao luxo de esperar o time jogar bem pra vencer. Isso demanda tempo. A essa altura, é vencer a todo custo, ainda mais com as peças disponíveis.

O problema não é jogar feio, mas sim sair sem o resultado positivo. É óbvio que o ideal seria vencer bem e convencer. 

Contudo, o Goiás necessita de um "remédio" a curto prazo, já que não houve planejamento e a equipe está correndo contra o tempo para escapar da degola.

"É uma pena que a gente precise de resultados pra ontem, não é nem para o próximo jogo. Precisamos pontuar acima de tudo", lamentou Enderson sobre a necessidade da vitória.

O resultado só não foi pior graças aos erros do veterano Elias, que teve pelo menos duas chances claríssimas na cara do gol.

Atuação geral

Já falei inúmeras vezes e reitero: o Verde precisa mudar a maneira de jogar. Parece óbvio. O futebol atualmente está cada vez mais físico e dinâmico.

Portanto, ter jogadores sem mobilidade, um meio-campo pesado e sem velocidade na transição é suicídio.

O problema é que nem Enderson e nenhum outro treinador conseguirá jogar assim, já que a parte física dos atletas deixa a desejar. Culpa da comissão de preparação.

No jogo contra o Bahia em específico, nas bolas paradas, percebi algumas vezes que o Tadeu procurava repor com velocidade para contra-atacar, mas o meio demorava a sair de trás.

Essa demora fazia com que o Tricolor conseguisse fazer a recomposição defensiva, fechando os espaços deixados.

Acompanhando os jogos, eu arrisco dizer que esse deve ser o pior time da história do Verdão.

Atuações individuais

23- Tadeu: fez uma bela defesa no final do jogo e mostrou segurança quando exigido. Nota 7;

33- Edilson: ex-jogador, não tem mobilidade e nem velocidade. O único triunfo é a bola parada. Nota 4;

3- David Duarte: o melhor do sistema defensivo, mas falhou na marcação em alguns lances, como as oportunidades do Elias. Nota 5;

27- Fábio Sanches: não teve o mesmo rendimento e assim como o companheiro de zaga falhou em alguns momentos. Nota 4,5;

6- Caju: se este cidadão é jogador, eu sou astronauta. Péssimo no apoio, horrível na marcação. Foi responsável direto pelo gol de empate e estava envolvido em quase todos os ataques perigosos do Bahia. Ruim com Jefferson, pior sem ele. Nota 0;

56- Ratinho: também esteve abaixo das outras atuações. Nota 4,5;

16- Ariel Cabral: não comprometeu, mas é um jogador lento e não consegue dar velocidade à transição defesa/ataque. Portanto, na minha opinião de estilo de jogo, não pode ser titular e deve ser reserva com a volta de Breno no próximo jogo. Nota 4,5;

17- Shaylon: precisou substituir Daniel Bessa, que sentiu, e deu a assistência para o gol. Mas foi só. Nota 6;

11- Keko: tem a velocidade que quero e participou da jogada do gol. Nota 6,5

9- Rafael Moura: sobra vontade, falta perna. Penso que com a experiência que possui seria mais útil entrando no decorrer dos jogos. Nota 4,5;

70- Vinicius Lopes: teve uma boa chance de presente no 1º tempo e desperdiçou, mas se redimiu, fez o gol e está sendo o único destaque do time. Nota 7;

2- Pintado: entrou no final. Sem aproveitamento;

20- Salazar: foi bastante imprudente em um possível pênalti que foi revisado e poderia ter comprometido o resultado do jogo. Nota 4;

80- Miguel Figueira: jogou os minutos finais. Sem aproveitamento;

95- Douglas Baggio: entrou bem, procurou jogo e em algumas oportunidades conseguiu segurar a bola no ataque. Nota 5;

99- Fernandão: teve oportunidade somente aos 40 minutos da etapa final. Sem aproveitamento;

Téc. Enderson Moreira: em outros textos havia comentado que daria tempo para o trabalho do treinador. Pois bem, esse tempo chegou. Já são 5 jogos, sendo 4 derrotas e 1 empate. Todavia, os 2 gols sofridos nos acréscimos das duas últimas partidas castigaram o time, e consequentemente Enderson. Portanto, apesar de ter o trabalho questionado, é o menos culpado pelo geral. Nota 4,5.

Coletiva na íntegra

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